Participaram cientistas do Brasil, Espanha e da Argentina, país com registros de mais de 250 mortes e 2 mil intoxicações por ano com monóxido de carbono (foto: CDMF)

Pesquisadores debatem sensor de monóxido de carbono no congresso argentino
02 de outubro de 2018

Participaram cientistas do Brasil, Espanha e da Argentina, país com registros de mais de 250 mortes e 2 mil intoxicações por ano com monóxido de carbono

Pesquisadores debatem sensor de monóxido de carbono no congresso argentino

Participaram cientistas do Brasil, Espanha e da Argentina, país com registros de mais de 250 mortes e 2 mil intoxicações por ano com monóxido de carbono

02 de outubro de 2018

Participaram cientistas do Brasil, Espanha e da Argentina, país com registros de mais de 250 mortes e 2 mil intoxicações por ano com monóxido de carbono (foto: CDMF)

 

Agência FAPESP * – Um projeto realizado em cooperação internacional sobre sensores de gases tóxicos e explosivos foi apresentado no Congresso Nacional Argentino, em Buenos Aires, no dia 27 de setembro.

A convite do deputado Eduardo Bucca, participaram cientistas do Brasil, da Espanha e da Argentina: Elson Longo (diretor do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais – CDMF e professor da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar), Juan Andres (professor da Universidade Jaume I, Espanha) e Miguel Ponce (professor da Universidade de Mar del Plata, Argentina).

Também esteve presente Guillermo Eliçabe, diretor do Instituto de Investigación en Ciencia y Tecnología de Materiales, em Mar del Plata. O CDMF é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP.

No Salão Branco do Congresso Nacional da Argentina, os cientistas apresentaram o projeto que consiste no desenvolvimento de um sistema de interruptor de corte de gás, capaz de interromper o suprimento de uma instalação se uma concentração de monóxido de carbono ou de gás for detectada nos ambientes, acima de um nível preestabelecido para segurança das pessoas que utilizam esses gases.

A importância do sistema consiste em evitar a toxicidade por inalação de monóxido de carbono e o risco de explosão por gás natural ou engarrafado.

O projeto é financiado pela FAPESP e pelo CNPq (no Brasil), pelo Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas, Conicet (Argentina), pelo Ministerio de Ciencia, Innovación y Universidades (Espanha) e pelo Istituto Nazionale di Fisica Nucleare (Itália).

“A inalação de monóxido de carbono é a causa mais frequente de envenenamento na Argentina e no mundo. Além de sua alta toxicidade, é extremamente perigoso porque não é detectável pelos sentidos, não anuncia sua presença e é letal”, disse Bucca.

O deputado é autor de projeto de lei que prevê que os aparelhos aquecedores de água tenham um sensor eletrônico de monóxido de carbono do tamanho de um chip, que já está desenvolvido e patenteado pelos pesquisadores.

O sinal é processado por um circuito que, quando detecta a concentração de monóxido de carbono, produz uma interrupção e corta o fluxo de gás. Segundo o CDMF, esse dispositivo é facilmente instalado em equipamentos de combustão de gases residenciais e industriais.

"Essas intoxicações são evitáveis e no nosso país mais de 250 mortes e 2 mil intoxicações são registradas por ano", disse o parlamentar argentino.

Na apresentação, Ponce explicou o desenvolvimento do sensor que controla a produção de monóxido de carbono e solicitou “que seja incluído em todos os equipamentos comerciais”. Ele também falou sobre novos projetos, como medidores manuais de monóxido com smartphones e bluetooth.

O CDMF também recebe investimento do CNPq, a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

Mais informações: https://cdmf.org.br/

* Com informações do CDMF
 

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