Identidade de gênero ainda não é incluída em levantamentos oficiais, como o Censo Demográfico ou a Pesquisa Nacional de Saúde, diz Barbara Barroso, da Unifesp (imagem: Freepik)
Estudo busca compreender as condições de vida, saúde, trabalho e acesso a direitos da população trans, travesti e não-binária que vive, estuda e/ou trabalha na região
Estudo busca compreender as condições de vida, saúde, trabalho e acesso a direitos da população trans, travesti e não-binária que vive, estuda e/ou trabalha na região
Identidade de gênero ainda não é incluída em levantamentos oficiais, como o Censo Demográfico ou a Pesquisa Nacional de Saúde, diz Barbara Barroso, da Unifesp (imagem: Freepik)
Agência FAPESP – O projeto “Mapeamento da População Trans: Região Metropolitana da Grande São Paulo”, vinculado ao Programa de Pesquisa em Políticas Públicas da FAPESP, está buscando voluntários para responder questionário.
O estudo é coordenado pela pesquisadora Barbara Barroso, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP. A proposta é gerar conhecimento científico inédito para subsidiar políticas públicas voltadas à população trans mais eficazes e integradas.
A pesquisa tem como objetivo compreender as condições de vida, saúde, trabalho e acesso a direitos da população trans, travesti e não-binária que vive, estuda e/ou trabalha em um dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Atualmente está em fase de campo, com coleta de dados prevista até dezembro de 2025.
“No Brasil, a identidade de gênero ainda não é incluída em levantamentos oficiais, como o Censo Demográfico ou a Pesquisa Nacional de Saúde. Essa ausência produz um cenário de invisibilidade e dificulta a formulação de políticas que garantam o acesso integral à saúde, ao trabalho e à educação. O mapeamento busca preencher essa lacuna, identificando as condições de vida e saúde da população trans em diferentes contextos urbanos da região metropolitana mais populosa do país”, diz Barroso para a Agência FAPESP.
O estudo é transversal e de base populacional, combinando métodos quantitativos e qualitativos. Serão aplicados questionários estruturados que abordam temas como identidade de gênero, situação socioeconômica, segurança alimentar, acesso aos serviços de saúde, saúde mental e qualidade de vida, trabalho, emprego e renda, modificações corporais, comportamento sexual, saúde sexual, reprodutiva e estratégias de prevenção e direitos e cidadania.
Os dados coletados serão analisados de forma anonimizada e servirão para apoiar a criação e o aprimoramento de políticas públicas voltadas à promoção da equidade de gênero e ao combate à transfobia institucional.
Podem participar pessoas trans, travestis e não-binárias, com 18 anos ou mais. Para participar é preciso realizar o pré-cadastro disponível no link na página oficial do projeto no Instagram.
Os dados serão compartilhados com a Secretaria Estadual da Saúde e demais órgãos públicos para apoiar o desenvolvimento de políticas específicas e o aprimoramento das ações já existentes.
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