Dissertação de mestrado sobre o ciclo de vida de Leishmania mexicana, desenvolvida por bolsista da FAPESP, foi premiada pela Sociedade Brasileira de Parasitologia (foto: acervo pessoal)

Pesquisa da Unifesp aponta novos alvos para o tratamento da leishmaniose
18 de maio de 2023

Dissertação de mestrado sobre o ciclo de vida de Leishmania mexicana, desenvolvida por bolsista da FAPESP, foi premiada pela Sociedade Brasileira de Parasitologia

Pesquisa da Unifesp aponta novos alvos para o tratamento da leishmaniose

Dissertação de mestrado sobre o ciclo de vida de Leishmania mexicana, desenvolvida por bolsista da FAPESP, foi premiada pela Sociedade Brasileira de Parasitologia

18 de maio de 2023

Dissertação de mestrado sobre o ciclo de vida de Leishmania mexicana, desenvolvida por bolsista da FAPESP, foi premiada pela Sociedade Brasileira de Parasitologia (foto: acervo pessoal)

 

Agência FAPESP – A dissertação de mestrado intitulada “Papel da acetilação no ciclo de vida de Leishmania mexicana”, desenvolvida na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por Suellen Rodrigues Maran com apoio da FAPESP, foi indicada pela Sociedade Brasileira de Parasitologia (SBP) para receber o prêmio do 2º Concurso de Dissertação e Tese, na categoria “Protozoologia”.

O trabalho foi selecionado entre todas as dissertações defendidas nos anos de 2021 e 2022, em todos os programas de pós-graduação do Brasil. A sessão de premiação ocorreu no 28º Congresso Brasileiro de Parasitologia, realizado entre 16 e 19 de abril, em Aracaju (SE).

Em seu mestrado, Maran descreveu o papel da acetilação (processo bioquímico que introduz um grupo funcional acetila em um composto orgânico) no ciclo de vida de parasitas da espécie Leishmania mexicana, causadora de leishmaniose cutânea. Como mostrou a pesquisa, a acetilação ocorre pela ação das proteínas DAC1, DAC3, DAC4, DAC5 e NAT10.

Utilizando técnicas moleculares e de edição gênica, a estudante descobriu que, quando essas proteínas estão menos expressas ou mesmo ausentes, a Leishmania apresenta grande dificuldade para se diferenciar e prosseguir com seu ciclo de vida.

Uma vez que essas proteínas são distintas das encontradas nos seres humanos, elas se tornam excelentes candidatas a alvos terapêuticos para uma doença cujo tratamento atual é tóxico, caro, longo e de baixa efetividade.

A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Biologia Molecular de Patógenos da Unifesp, coordenado pelo professor Nilmar Silvio Moretti, docente da Escola Paulista de Medicina. E continua agora durante o doutorado de Maran, também com bolsa da FAPESP.

O grupo de pesquisa busca descrever o papel da acetilação proteica e de RNAs no desenvolvimento e na progressão da infecção de patógenos eucariotos, como os protozoários Leishmania, Trypanosoma cruzi e Trypanosoma brucei. Também trabalha na identificação de proteínas reguladoras da acetilação nesses patógenos como possíveis alvos terapêuticos.
 

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