Pesquisa com mais de 5 mil pessoas, feita nos Estados Unidos, indica que consumidores tendem a levar mais em conta os benefícios do que os possíveis riscos dos produtos nanotecnológicos

Percepção pública da nanotecnologia
21 de dezembro de 2006

Pesquisa com mais de 5 mil pessoas, feita nos Estados Unidos indica que consumidores tendem a levar mais em conta os benefícios do que os possíveis riscos dos produtos nanotecnológicos

Percepção pública da nanotecnologia

Pesquisa com mais de 5 mil pessoas, feita nos Estados Unidos indica que consumidores tendem a levar mais em conta os benefícios do que os possíveis riscos dos produtos nanotecnológicos

21 de dezembro de 2006

Pesquisa com mais de 5 mil pessoas, feita nos Estados Unidos, indica que consumidores tendem a levar mais em conta os benefícios do que os possíveis riscos dos produtos nanotecnológicos

 

Agência FAPESP - Vantagens superam os riscos? Para consumidores norte-americanos a resposta é sim quando o assunto é nanotecnologia. É o que mostra a maior pesquisa de percepção pública feita no país sobre o setor.

De acordo com o estudo, o público tende a olhar mais os benefícios e considera a nanotecnologia menos perigosa do que outras tecnologias, como conservantes utilizados na indústria alimentícia, herbicidas ou desinfetantes.

O levantamento, com 5,5 mil pessoas, foi feito por pesquisadores da Universidade Rice, nos Estados Unidos, e da London Business School e do University College London (UCL), na Inglaterra. Os resultados estão na edição de dezembro da revista Nature Nanotechnology.

"Segundo estimativas, produtos contendo nanotecnologia respondem por vendas superiores a US$ 30 bilhões anuais em todo o mundo. Mas há uma preocupação de que os riscos da tecnologia – sejam reais ou imaginários – possam diminuir o apetite dos consumidores pelos produtos", disse o líder da pesquisa, Steven Currall, da UCL.

Para os autores do estudo, medir opiniões do público em relação à nanotecnologia pode ajudar no desenvolvimento do setor. Um dos questionários teve o objetivo de verificar a propensão de uso de quatro produtos nanotecnológicos específicos: um remédio, um hidratante, pneus de automóvel e gás para geladeira.

"Ficou claro que as pessoas pensam além dos riscos. Identificamos que, quanto maiores os benefícios potenciais, mais riscos os consumidores estão dispostos a tolerar", disse Currall.

Para outro autor do estudo, Neal Lane, um dos criadores da Iniciativa Nacional de Nanotecnologia do governo norte-americano, à medida que novas pesquisas sobre riscos ao ambiente e à saúde humana forem feitas e mais produtos nanotecnológicos chegarem ao mercado, o público terá mais fundamentos para se posicionar diante da novidade tecnológica.

"Transmitir as mais recentes informações, tanto sobre riscos quanto a respeito de benefícios, de forma transparente, é fundamental para ajudar a minimizar as chances de deparar com discussões polarizadas baseadas apenas em rumores e suposições", disse Lane.

O artigo What drives public acceptance of nanotechnology?, de Steven Currall, pode ser lido por assinantes da Nature Nanotechnology em www.nature.com/naturenanotechnology.


  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.