Pesquisa feita na Argentina, Brasil, Espanha e Uruguai avalia a opinião pública sobre a ciência e tecnologia. A maioria acredita que o desenvolvimento do setor é o principal motivo da melhoria da qualidade de vida. Trabalho deu origem a livro e a workshop, que ocorre em São Paulo em 1º e 2 de dezembro
Pesquisa feita na Argentina, Brasil, Espanha e Uruguai avalia a opinião pública sobre a ciência e tecnologia. A maioria acredita que o desenvolvimento do setor é o principal motivo da melhoria da qualidade de vida. Trabalho deu origem a livro e a workshop, que ocorre em São Paulo em 1º e 2 de dezembro
Com o título de Percepção Pública da Ciência, o trabalho acaba de ser publicado pela Editora da Unicamp, com apoio da FAPESP. O livro, em português e espanhol, foi organizado por Carlos Vogt, presidente da FAPESP e coordenador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e por Carmelo Polino, responsável pela área de programas horizontais e projetos do Centro de Estudos sobre Ciência, Desenvolvimento e Educação Superior da Argentina.
A pesquisa foi realizada entre 2002 e 2003, por iniciativa da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e da Rede Ibero-Americana de Indicadores de Ciência e Tecnologia (Ricyt/Cyted). Foram entrevistadas 162 pessoas no Brasil (na cidade de Campinas), 300 na Argentina (em Buenos Aires), 150 no Uruguai (em Montevidéu) e 150 na Espanha (em Salamanca e Valladolid). A pesquisa brasileira foi conduzida por integrantes do Labjor.
A grande maioria dos entrevistados dos quatro países (74,3% em média) considera que "os benefícios da ciência e da tecnologia são maiores que os efeitos negativos". Pouco mais da metade (51,6%) não concordou com a afirmação de que "os cientistas são os que melhor sabem o que convém investigar para o desenvolvimento do país". Para os autores, uma conclusão que se pode fazer é que as habilidades dos cientistas são reconhecidas mas não são suficientes para a tomada de decisões políticas.
Os responsáveis pelo levantamento ressaltam que os dados obtidos não podem ser generalizados para a totalidade dos países em que foram feitos. Não foi esse o objetivo da pesquisa, que pretendeu buscar uma "aproximação aos diversos fatores sociais ou culturais (e não só cognitivos) que influem na representação pública da ciência e da tecnologia".
Para discutir os resultados do trabalho, diversos colaboradores do projeto e especialistas em estudos sobre ciência estarão reunidos nos dias 1º e 2 de dezembro, em São Paulo, em workshop que será realizado na sede da FAPESP, na rua Pio XI, 1500, Alto da Lapa.
Workshop: Percepção Pública da Ciência
1º de dezembro:
9h - Abertura
9h30 - Os resultados de Salamanca (Ricyt)
11h - O desenvolvimento do projeto no Uruguai
12h15 - Debates
14h - O desenvolvimento do projeto na Argentina
15h30 - O desenvolvimento do projeto no México
16h45 - Debates
17h30 - Encerramento do primeiro dia
2 de dezembro
9h30 - O desenvolvimento do projeto no Brasil - A pesquisa ampliada: Campinas, Ribeirão Preto, São Paulo
11h - Índice Labjor/FAPESP de C&T na imprensa: Apresentação do banco de dados
13h - Balanço Geral, apresentação de resumos, debate e perspectivas futuras
16h - Encerramento
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