Marcas encontradas no Quênia indicam que antepassados do homem moderno tinham pés anatomicamente semelhantes aos atuais há 1,5 milhão de anos (foto: divulgação)
Marcas encontradas no Quênia indicam que antepassados do homem moderno tinham pés anatomicamente semelhantes aos atuais há 1,5 milhão de anos
Marcas encontradas no Quênia indicam que antepassados do homem moderno tinham pés anatomicamente semelhantes aos atuais há 1,5 milhão de anos
Marcas encontradas no Quênia indicam que antepassados do homem moderno tinham pés anatomicamente semelhantes aos atuais há 1,5 milhão de anos (foto: divulgação)
Agência FAPESP – Uma análise de fósseis encontrados no Quênia indica que os antepassados do homem moderno andavam e tinham pés anatomicamente semelhantes aos atuais há 1,5 milhão de anos. O estudo foi publicado na edição desta sexta-feira (27/2) da revista Science
As pegadas fossilizadas foram descobertas em camadas sedimentares no sítio arqueológico de Ileret, ao leste do lago Turkana. Tais registros são raros e trazem informações a respeito da forma e da estrutura do tecido macio que não são normalmente acessíveis por meio de ossos fossilizados.
A última descoberta do tipo foi feita em 1978 pela antropóloga inglesa Mary Leakey (1913-1996), no sítio de Laetoli, na Tanzânia.
Na nova pesquisa, a mais antiga evidência de uma anatomia essencialmente semelhante à moderna foi analisada por Matthew Bennett, da Universidade Bournemouth, na Inglaterra, e colegas do Quênia, Estados Unidos e Reino Unido.
Nas pegadas, as marcas dos dedões estão paralelas às dos outros dedos. Nos macacos, os dedos maiores eram separados dos demais em uma configuração providencial para que seus donos se agarrassem com mais eficiência a arvores.
As marcas fossilizadas dos passos mostram claramente que os pés tinham arcos pronunciados e dedos curtos, o que é tipicamente associado com uma postura ereta bípede.
Os tamanhos, espaçamentos e profundidades dos registros permitiram aos pesquisadores estimar peso e modo de andar, que são compatíveis com as variações encontradas no homem atual.
Com base nos tamanhos das marcas e em suas características anatômicas, os autores atribuem as pegadas ao Homo ergaster – ou a alguns dos primeiros Homo erectus. Os autores das pegadas estavam entre os primeiros hominídeos com as mesmas proporções do corpo – pernas mais longas e braços mais curtos – do que as do moderno Homo sapiens.
O artigo Early Hominin Foot Morphology Based on 1.5-Million-Year-Old Footprints from Ileret, Kenya, de Matthew Bennett e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
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