Peças que se juntam
18 de fevereiro de 2005

Equipe de pesquisa da Inglaterra, que acaba de receber investimentos da ordem de US$ 3,6 milhões da Fundação Michael J. Fox, aposta no peixe-zebra para descobrir todas as causas do mal de Parkinson

Peças que se juntam

Equipe de pesquisa da Inglaterra, que acaba de receber investimentos da ordem de US$ 3,6 milhões da Fundação Michael J. Fox, aposta no peixe-zebra para descobrir todas as causas do mal de Parkinson

18 de fevereiro de 2005

 

Agência FAPESP - Os pesquisadores já sabem que uma disfunção do gene DJ1 em humanos contribui para o aparecimento do mal de Parkinson, que afeta a coordenação motora dos pacientes. Mas eles também descobriram que algumas toxinas, quando presentes no organismo, causam o mesmo problema. E essas substâncias são encontradas em maiores quantidades apenas quando existe o problema genético.

Estudos realizados com peixes-zebras na Universidade de Sheffield, na Inglaterra, mostraram que altas doses de toxina realmente causam o problema na coodenação motora. O que os pesquisadores ainda não identificaram é quanto dessa substância é necessária para causar a mesma disfunção em seres humanos.

Uma das certezas é que devem ser doses bem menores. Além de procurar descobrir a quantidade de toxina necessária para provocar o mal de Parkinson, os pesquisadores ingleses trabalham para encaixar as diversas peças do quebra-cabeça.

Segundo Oliver Bandmann, pesquisador do grupo que conduz o estudo, não é apenas a disfunção no gene DJ1 que causa a doença. "Isso deixa a pessoa mais suscetível somente quando ela entra em contato com a toxina", explica.

Para o pesquisador, o principal objetivo agora é estudar como outros fatores combinados com o problema genético agem para causar a doença de Parkinson. "Apenas quando entendermos como essas diversas peças funcionam é que vamos poder agir sobre as causas e não apenas ficarmos tratando as conseqüências", disse.

Pelos estudos realizados, o grupo de pesquisa da Universidade de Sheffield foi o único do Reino Unido a receber verbas da Fundação Michael J. Fox, criada pelo ator de cinema que sofre com a doença. A instituição anunciou que dará US$ 3,6 milhões aos cientistas britânicos.


  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.