Tanque de nitrogênio do veículo lançador Atlas, que caiu em Goiás em março de 2008, é entregue pelo Inpe ao governo norte-americano (foto: Inpe)

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06 de março de 2009

Tanque de nitrogênio do veículo lançador Atlas, que caiu em Goiás em março de 2008, é entregue pelo Inpe ao governo norte-americano

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Tanque de nitrogênio do veículo lançador Atlas, que caiu em Goiás em março de 2008, é entregue pelo Inpe ao governo norte-americano (foto: Inpe)

 

Agência FAPESP – O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) devolveu nesta quinta-feira (5/3), ao governo dos Estados Unidos, a peça do veículo lançador Atlas encontrada no dia 25 de março de 2008 em uma fazenda na cidade de Montividiu, em Goiás.

A restituição da peça atendeu ao artigo 5 do Acordo Internacional sobre Resgate de Astronautas, Retorno de Astronautas e Retorno de Objetos Lançados ao Espaço Exterior, em vigor desde 3 de dezembro de 1968, e à Nota Diplomática nº 383, de 25 de agosto de 2008.

Depois de examinado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), que constatou não haver nenhuma carga radioativa, o artefato foi enviado para o Laboratório Associado de Combustão e Propulsão (LCP) do Inpe, em Cachoeira Paulista (SP).

Segundo o instituto, a análise técnica revelou que o objeto é um tanque de nitrogênio de alta pressão utilizado em sistemas auxiliares de propulsão líquida, comum em foguetes e satélites. Em uma de suas extremidades havia um dispositivo com características de um aquecedor, utilizado nesse tipo de tanque para compensar a diminuição da pressão interna que ocorre na medida em que o nitrogênio é consumido.

Com formato esférico, o objeto estava envolto em fibras de carbono. Segundo os técnicos, essa cobertura estava se descolando, sob a forma de pó, porque foi afetada na reentrada do objeto na atmosfera. Foram realizados testes de níveis de concentração de substâncias tóxicas ou inflamáveis, como hidrazina, monometil-hidrazina, dimetil-hidrazina assimétrica, entre outras, todos com resultados negativos. Apenas nitrogênio foi observado em maior concentração.

Mais informações: www.inpe.br
 

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