Foto feita pela Cassini dos anéis de Saturno em 1/7, pouco após ter entrado em órbita do planeta (foto: Nasa)
A nave Cassini se torna o primeiro artefato humano a entrar em órbita de Saturno e começa a enviar fotos das proximidades do planeta, após sete anos de viagem e 3,5 bilhões de quilômetros percorridos
A nave Cassini se torna o primeiro artefato humano a entrar em órbita de Saturno e começa a enviar fotos das proximidades do planeta, após sete anos de viagem e 3,5 bilhões de quilômetros percorridos
Foto feita pela Cassini dos anéis de Saturno em 1/7, pouco após ter entrado em órbita do planeta (foto: Nasa)
Começou assim a fase de estudos do segundo maior planeta do Sistema Solar, de seus anéis majestosos e das 31 luas conhecidas que, se tudo correr como previsto, deverá durar quatro anos. Para os responsáveis pela missão – uma parceria da Nasa, a agência espacial norte-americana, com a Agência Espacial Européia (ESA) e a Agência Espacial Italiana – as expectativas são as melhores possíveis.
"O que a missão Cassini-Huygens revelará durante a sua missão irá assombrar tanto o público como os próprios cientistas. É realmente uma viagem de descobrimento", disse Ed Weiler, administrador associado para ciência espacial da Nasa, em comunicado da agência.
Ao receber o sinal que confirmava a bem-sucedida entrada em órbita, os integrantes da missão, reunidos no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, em Pasadena, na Califórnia, comemoraram ruidosamente. "É absurdamente bom estar em órbita do senhor dos anéis", disse Charles Elachi, diretor do JPL. "Esse é o resultado de mais de 20 anos de esforços, dedicação, geniosidade e de tudo o mais que faz parte da exploração."
Mas nem tudo está absolutamente tranquilo com a Cassini, pois a nave irá encarar um grande desafio em dezembro, quando soltará a sonda Huygens, fabricada pela ESA, que deverá atravessar a densa atmosfera de Titã e se chocar contra seu oceano gasoso. O nome da sonda é uma homenagem ao astrônomo holandês Christian Huygens, que descobriu a maior lua de Saturno em 1655.
"Essa foi a noite norte-americana, foi a Nasa fazendo tudo conforme o planejado, sem erros", disse David Southwood, diretor científico da ESA. "Agora temos seis meses para os preparativos do pouso em Titã e para fazer a nossa parte."
De acordo com os cientistas, Saturno, com seu sistema de anéis, serve como um modelo em miniatura do disco de gás e poeira que inicialmente envolveu o Sol e depois formou os planetas. Por essa particularidade, o conhecimento detalhado da dinâmica de interações entre os anéis e as luas deverão fornecer dados valiosos para entender como cada planeta do Sistema Solar se formou.
Durante os quatro anos em que deverá orbitar Saturno, está previsto que a Cassini realize 52 aproximações em sete das luas do sexto planeta a partir do Sol.
Para acompanhar a missão Cassini-Huygens: http://saturn.jpl.nasa.gov e www.nasa.gov/cassini
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