Himilcon de Castro Carvalho, da AEB, diz que a participação da universidade em projetos relacionados ao setor espacial brasileiro é uma das grandes metas do PNAE (foto: T. Romero)

Participação dos universitários
21 de julho de 2004

Diretor da AEB, Himilcon de Castro Carvalho, diz que a participação da universidade em projetos relacionados ao setor espacial brasileiro é uma das grandes metas do Programa Nacional de Atividades Espaciais, apresentado durante a 56ª SBPC

Participação dos universitários

Diretor da AEB, Himilcon de Castro Carvalho, diz que a participação da universidade em projetos relacionados ao setor espacial brasileiro é uma das grandes metas do Programa Nacional de Atividades Espaciais, apresentado durante a 56ª SBPC

21 de julho de 2004

Himilcon de Castro Carvalho, da AEB, diz que a participação da universidade em projetos relacionados ao setor espacial brasileiro é uma das grandes metas do PNAE (foto: T. Romero)

 

Por Thiago Romero, de Cuiabá

Agência FAPESP - Aumentar a participação do setor produtivo nacional no Programa Espacial Brasileiro por meio da inovação tecnológica desenvolvida no âmbito acadêmico. Este é um dos desafios do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), apresentado na tarde desta terça-feira (20/7) pelo diretor de Política Espacial e Investimentos da Agência Espacial Brasileira (AEB), Himilcon de Castro Carvalho.

O PNAE estabelece iniciativas a serem alcançadas em um período de dez anos (1998-2007). "A idéia é utilizar recursos e técnicas espaciais na solução de problemas nacionais e em benefício da sociedade brasileira. Precisamos estabelecer competências para que o Brasil seja autônomo em atividades espaciais", disse Carvalho

Para que isto de fato ocorra, o diretor da AEB acredita que é preciso haver um maior incentivo a projetos voltados a pesquisa básica e aplicada em ciências e tecnologias espaciais. "Precisamos contemplar ações que sejam implementadas pelas universidades, já que o meio acadêmico tem participado de forma muito restrita no programa espacial brasileiro."

Por conta disso, Carvalho revelou que a AEB está relançando programas como o Uniespaço, projeto de fomento a pesquisas universitárias. "Grupos que trabalham com equipamentos, softwares e processos ligados a área espacial poderão fazer propostas de aquisição de recursos para desenvolver seus estudos", disse.

A AEB deve lançar ainda este ano um programa no qual alunos de graduação e pós-graduação poderão construir e operar protótipos de satélites, além do Projeto Microgravidade, que objetiva viabilizar a realização de experimentos científicos e tecnológicos nacionais em ambiente de microgravidade.

Carvalho revelou também que uma das principais metas do PNAE é promover a contratação de recursos humanos capacitados que possam coordenar iniciativas para atender às atividades espaciais do país. "É preciso buscar maneiras de recompor e aumentar o quadro de especialistas, pois os técnicos que morreram no acidente de Alcântara são insubstituíveis", disse. "Teremos que investir por 5 a 10 anos em outras pessoas para que elas alcancem o mesmo estágio de desenvolvimento daquelas que perdemos no Maranhão."

O acidente ocorreu na Base de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão, em agosto de 2003, onde a explosão do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1) deixou um saldo de 21 mortos.


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