A IA permite identificar nas imagens digitais elementos arquitetônicos, materiais e mobiliário (imagem: reprodução)
Iniciativa de grupos sediados na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP gera novas formas de catalogação em acervos ao utilizar inteligência artificial
Iniciativa de grupos sediados na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP gera novas formas de catalogação em acervos ao utilizar inteligência artificial
A IA permite identificar nas imagens digitais elementos arquitetônicos, materiais e mobiliário (imagem: reprodução)
Agência FAPESP – As equipes dos Projetos Temáticos “Experiência arquigrafia 4.0” e “Acervos digitais e pesquisa: arte, arquitetura, design e tecnologia”, ambos financiados pela FAPESP, se juntaram para buscar novos formatos de catalogação de imagens em acervos digitais com o auxílio de inteligência artificial (IA). Em fase experimental, a iniciativa se concentra na plataforma web colaborativa Arquigrafia, que conta com mais de 13 mil fotos de edifícios e espaços urbanos.
Giselle Beiguelman, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), explica que a IA permite identificar nas imagens digitais elementos arquitetônicos (portas, janelas etc.), materiais (concreto, vidro, entre outros) e mobiliário, como cadeiras e mesas, além de algumas peças artísticas, tais como quadros e esculturas.
Outra funcionalidade que está sendo implantada é a descrição automatizada em texto do que a imagem retrata, atendendo aos portadores de deficiência visual. “Esse aspecto da inclusão é fundamental para nós e estamos trabalhando num recurso que traduz, automaticamente, também as descrições em áudio”, contou Beiguelman à Assessoria de Imprensa da FAU-USP. As equipes dos Projetos Temáticos estão empenhadas em implantar uma busca cromática na plataforma web colaborativa.
“Isso multiplica, exponencialmente, as possibilidades de pesquisa e a potência dos arquivos para além do que foi definido no seu processo de catalogação tradicional, que continua sendo importantíssimo”, explicou.
Segundo Artur Rozestraten, professor da FAU-USP, “o potencial dessa cooperação sempre foi percebido, mas até esse momento não havíamos tido uma oportunidade concreta de aproximar, em uma ação específica, esses dois Projetos Temáticos FAPESP enraizados na FAU”.
Rozestraten ressalta que as bolsas concedidas pela Fundação são “fundamentais para que haja condições de trabalho de uma equipe altamente qualificada, formada por pesquisadores experientes, mestres, doutores e pós-doutores de várias áreas do conhecimento”.
Mais informações sobre os protótipos que estão sendo desenvolvidos na parceria estão disponíveis no site da iniciativa.
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