Yves Chauvin, da França, Robert Grubbs e Richard Schrock, dos Estados Unidos, vão dividir o Prêmio Nobel de Química, no valor de 1,1 milhão de euros

"Pais" da metátese ganham Nobel
06 de outubro de 2005

Yves Chauvin, da França, Robert Grubbs e Richard Schrock, dos Estados Unidos, são os vencedores do Prêmio Nobel de Química de 2005. Entre as décadas de 1970 e 1990 o trio trabalhou sobre uma das mais importantes reações químicas já estudadas

"Pais" da metátese ganham Nobel

Yves Chauvin, da França, Robert Grubbs e Richard Schrock, dos Estados Unidos, são os vencedores do Prêmio Nobel de Química de 2005. Entre as décadas de 1970 e 1990 o trio trabalhou sobre uma das mais importantes reações químicas já estudadas

06 de outubro de 2005

Yves Chauvin, da França, Robert Grubbs e Richard Schrock, dos Estados Unidos, vão dividir o Prêmio Nobel de Química, no valor de 1,1 milhão de euros

 

Agência FAPESP - Eles transformaram a metátese em uma das reações mais importantes da química orgânica. Hoje em dia, esse processo, é usado praticamente todos os dias, principalmente em empresas farmcêuticas, que precisam mais do que nunca manipular as moléculas de carbono.

O prêmio Nobel de Química de 2005 foi dividido em três partes iguais pela Real Academia Sueca de Ciências. Os vencedores foram anunciados em Estocolmo nesta quarta-feira (5/10). Cada um ficará com parte da premiação em dinheiro, que é de 1,1 milhão de euros.

Yves Chauvin, do Instituto Francês de Petróleo, detalhou com precisão a reação chamada metátese em 1971. Ele conseguiu demonstrar ainda quais eram os compostos metálicos que atuavam com o catalisadores nesse processo. Os outros dois saltos ocorreriam apenas quase 20 anos depois.

Richard Schrock, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge, Estados Unidos, conseguiu desenvolver potentes catalisadores para a mesma reação descrita por Chauvin. Dois anos mais tarde, em 1992, Robert Grubbs, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, melhorou ainda mais a etapa catalítica da reação. Após esse último aprimoramento é que a metatése passou a ser usada em várias aplicações.

Nesse tipo de reação que acaba de dar aos seus "pais" o prêmio Nobel, as duplas cadeias de carbono se quebram e acabam se ligando, de forma sucessiva, a outros elementos do mesmo grupo químico. A metáfora usada pela Academia Sueca foi de uma dança de salão, onde existe uma troca constante de pares, dentro de um mesmo grupo de pessoas conhecidas.

Outra conseqüência importante da descoberta da metátese é o seu baixo impacto ambiental. Com reações mais eficientes do ponto de vista catalítico, fica mais fácil desenvolver processos moleculares que resultem em solventes menos tóxicos, por exemplo. A entrega do Nobel de Química vai ocorrer no dia 10 de dezembro, na Suécia.

Mais informações: www.nobelprize.org


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