Grupo gestor deve entregar ao governo, em fevereiro de 2006, um documento com recomendações sobre o padrão de TV digital a ser seguido pelo Brasil
Grupo gestor deve entregar ao governo, em fevereiro de 2006, um documento com recomendações sobre o padrão de TV digital a ser seguido pelo Brasil. São 106 instituições trabalhando para chegar a uma solução condizente com a realidade nacional
Grupo gestor deve entregar ao governo, em fevereiro de 2006, um documento com recomendações sobre o padrão de TV digital a ser seguido pelo Brasil. São 106 instituições trabalhando para chegar a uma solução condizente com a realidade nacional
Grupo gestor deve entregar ao governo, em fevereiro de 2006, um documento com recomendações sobre o padrão de TV digital a ser seguido pelo Brasil
Agência FAPESP - O Brasil está na reta final na corrida para a adoção de um padrão de TV digital que se encaixe na realidade nacional. O dia 10 de dezembro é a data-limite para que o grupo gestor responsável pela implementação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) receba a conclusão da análise de todos os grupos de pesquisa envolvidos com o projeto. São 106 instituições, entre representantes da indústria e dos institutos de pesquisa.
"Estamos na fase de pesquisa básica. São 555 pesquisadores altamente qualificados, a maioria mestres e doutores. Os estudos estão bem avançados, já temos até cientistas brasileiros criando chips para a TV digital", disse Marcelo Zuffo, pesquisador do Laboratório de Sistemas Integráveis da Universidade de São Paulo e um dos participantes do seminário A TV digital brasileira, que ocorreu na manhã de segunda-feira (18/7), na 57ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Fortaleza.
Essa primeira fase consiste no estudo de tecnologias alternativas para a adoção do modelo brasileiro. O grupo gestor do SBTVD e o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) irão compilar os resultados para fazer um documento com recomendações ao governo federal sobre o padrão ideal, que deverá ser entregue no dia 10 de fevereiro de 2006. Nessa data, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deverá decidir os rumos a serem tomados. Os prazos foram estabelecidos por meio do decreto 4.901, de 26 de novembro de 2003.
Outro participante da conferência, que serviu como uma espécie de porta-voz do governo, foi o coordenador do grupo gestor responsável pela adoção do SBTVD, Augusto Gadelha. "O ministro das Comunicações, Hélio Costa, identifica-se com o setor de TV digital e está extremamente empenhado em fazer com que o modelo brasileiro seja bem-sucedido em todos os aspectos", garantiu.
Segundo ele, a comunidade científica brasileira conta com total apoio do governo federal para a adoção do modelo brasileiro. "O segredo está em achar uma solução mais adequada às necessidades regionais, principalmente no que diz respeito à garantia de inclusão social", explicou Gadelha.
O Brasil está atualmente avaliando os padrões de televisão digital disponíveis no mercado, como o europeu (DVB), o japonês (ISDB) e o norte-americano (ATSC). "Não é preciso reinventar a roda, e sim explorar as tecnologias já existentes e adaptá-las à realidade nacional. A idéia é criar um padrão que seja universal para todas as regiões do país, pois 92% dos lares brasileiros possuem pelo menos um aparelho de televisão", contou.
"O Ministério das Comunicações é contra o estabelecimento de um modelo ao qual o povo não consiga ter acesso, seja pelos altos custos ou pela incapacidade de interação", disse.
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