Pesquisadores lançam sonda para medir o ozônio no Ártico
(foto:Thomas Seiler)
Frio intenso registrado no extremo norte do planeta dispara o alerta entre cientistas europeus: os primeiros sinais de forte diminuição da camada de ozônio acabam de ser detectados
Frio intenso registrado no extremo norte do planeta dispara o alerta entre cientistas europeus: os primeiros sinais de forte diminuição da camada de ozônio acabam de ser detectados
Pesquisadores lançam sonda para medir o ozônio no Ártico
(foto:Thomas Seiler)
O fenômeno já começou, segundo um informe emitido nesta segunda-feira (31/1) pelo Departamento de Ciência e Pesquisa da Comissão Européia. As condições climáticas do Ártico neste inverno apenas reforçam a tese que os pesquisadores da Antártica já tinham detectado em anos anteriores. Quanto mais frio o ar, maior a queda no ozônio estratosférico.
A explicação científica para o fato é a formação das chamadas nuvens polares estratosféricas, que surgem quando o ar está em 80 graus negativos e não são constituídas somente por vapores de água como as nuvens tradicionais. Os cientistas já sabem que elas possuem monóxido de cloro. E é essa composição química que reagiria com o ozônio, retirando-o da atmosfera.
Com os dados obtidos nos últimos dias, os pesquisadores que participam de um projeto internacional de monitoramento das condições atmosféricas – que reúne dados de mais de 59 instituições de 19 países europeus – já não tentam mais estudar se haverá ou não a queda. A pergunta que se faz agora é de quanto será a diminuição do tero de ozônio.
O fenômeno, caso continue intenso, poderá afetar, além da região polar, a Escandinávia e até países da Europa Central, afirmam os pesquisadores. As condições estão tão adversas que existe a expectativa de que no Ártico possa virar uma Antártica.
No Sul do globo, desde 1980 a camada de ozônio sofre uma diminuição brutal durante os meses de inverno. Em alguns casos ela desaparece por completo, formando o que se convencionou chamar de buraco de ozônio. No Ártico, apesar de também haver uma variação importante ano a ano, em nenhum momento nos últimos 20 anos a camada de ozônio chegou a desaparecer por completo. Pelo menos, até agora.
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