Oxigenação da vida
27 de janeiro de 2004

A complexidade dos organismos sobre a face da Terra teria surgido mais cedo do que os cientistas imaginavam, segundo estudo publicado nos Estados Unidos. A disponibilidade cada vez maior de oxigênio seria uma das grandes responsáveis pelo processo

Oxigenação da vida

A complexidade dos organismos sobre a face da Terra teria surgido mais cedo do que os cientistas imaginavam, segundo estudo publicado nos Estados Unidos. A disponibilidade cada vez maior de oxigênio seria uma das grandes responsáveis pelo processo

27 de janeiro de 2004

 

Agência FAPESP - A partir de métodos moleculares de datação, cientistas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, montaram uma nova linha do tempo para a evolução dos organismos eucarióticos, espécies providas de núcleos típicos no interior das células.

O resultado é que a complexidade da vida sobre a Terra teria ocorrido mais cedo do que se imaginava. Segundo os pesquisadores, o motivo foi a oferta de oxigênio, substância que proporcionou às diferentes formas de vida existentes a energia de que precisavam.

Há 2,3 bilhões de anos, a superfície terrestre passou a ficar oxigenada. Logo depois, conforme atesta o estudo assinado pela equipe do professor Blair Hedges, os organismos passaram a ter dois ou três tipos de células. No mesmo período, as células dos organismos eucarióticos começaram a desenvolver mecanismos para retirar a energia do oxigênio.

Entre 1,5 bilhão e 1 bilhão de anos, a complexidade se mostrou mais efetiva. Nesse período, surgiram organismos com até 50 células diferentes, como algas, fungos e os primeiros animais.

"Os resultados mostram a história dos organismos eucarióticos multicelulares com profundidade. O oxigênio tem grande responsabilidade no funcionamento de todo esse processo", disse Hedges, em comunicado da Universidade da Pensilvânia.

Os métodos moleculares de datação, feitos a partir da análise de DNA ou de outras seqüências de proteínas, são ferramentas relativamente novas à disposição dos cientistas. Outra forma de análise, que tem mostrado muitas vezes resultados díspares em relação às investigações moleculares, é feita com base nos estudos de animais fossilizados.


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