Novos planetas fora do sistema solar acirram a disputa entre europeus e americanos pela primazia de achar mais Terras (foto: Nasa/JPL)

Outras estrelas, outros mundos
19 de outubro de 2004

Novos planetas fora do sistema solar acirram a disputa entre europeus e americanos pela primazia de achar mais Terras – e os brasileiros não estão fora dessa corrida. Leia em reportagem da nova edição de Pesquisa FAPESP

Outras estrelas, outros mundos

Novos planetas fora do sistema solar acirram a disputa entre europeus e americanos pela primazia de achar mais Terras – e os brasileiros não estão fora dessa corrida. Leia em reportagem da nova edição de Pesquisa FAPESP

19 de outubro de 2004

Novos planetas fora do sistema solar acirram a disputa entre europeus e americanos pela primazia de achar mais Terras (foto: Nasa/JPL)

 

Por Marcos Pivetta – Pesquisa FAPESP - No dia 6 de outubro de 1995, o mundo soube que havia mundos em que o Sol não era o astro-rei. Num congresso em Florença, os astrônomos suíços Michel Mayor e Didier Queloz, do Observatório de Genebra, anunciaram a descoberta do primeiro planeta fora do sistema solar em torno de uma estrela semelhante ao Sol, vencendo uma silenciosa disputa com colegas norte-americanos. "Todos podem agora olhar para o céu à noite, ver as estrelas e dizer: 'Há planetas lá fora'", afirmou Mayor.

Não havia imagens do companheiro celeste que circulava a estrela Pégaso 51, distante cerca de 40 anos-luz (9,5 trilhões de quilômetros é o equivalente métrico a um ano-luz). Havia, sim, evidências indiretas da presença de um objeto cujo campo gravitacional provocava uma sutil e periódica alteração no movimento da estrela com nome do cavalo alado e que, a cada 4,2 dias, dava uma volta completa em seu sol.

Ali havia um planeta. Em muitos aspectos, mas não em todos, o novo mundo lembrava o maior planeta solar, Júpiter, cuja massa é 318 vezes maior que a da Terra. Sem superfície sólida, desprovido de água, era gasoso e gigante, com cerca de metade do peso jupiteriano.

Porém, ao contrário de Júpiter, que está muito longe do Sol, estava quase colado à sua estrela. Para usar o jargão dos astrofísicos, era um Júpiter quente, com temperaturas em sua superfície da ordem de 1.000ºC (o Júpiter original é gélido). Enfim, o companheiro da estrela Pégaso 51 era um lugar proibitivo para qualquer forma de vida.

Nos últimos nove anos, com pequenas variações, todo planeta descoberto ao redor de estrelas parecidas com o Sol - e foram cerca de 130 - era uma variação sobre o mesmo tema. Uma cópia, mais ou menos fiel, do primeiro mundo desvendado pela dupla helvética: uma bola gigante de gás, dezenas ou centenas de vezes maior do que a Terra. Um mundo tipo Júpiter, quente ou não, de acordo com a distância que o separava de seu sol.

Clique aqui para ler o texto completo da reportagem da edição 104 de Pesquisa FAPESP.

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