Estudante brasileiro que ganhou a inédita medalha de ouro para o país treinou no planetário do Rio de Janeiro antes do embarque para Pequim, na China (divulgação)

Ouro astronômico
06 de dezembro de 2005

Brasil ganha primeiro lugar inédito na Olimpíada Internacional de Astronomia. O estudante Felipe Ferreira Villar Coelho, de Vitória, foi o vencedor na competição realizada na China

Ouro astronômico

Brasil ganha primeiro lugar inédito na Olimpíada Internacional de Astronomia. O estudante Felipe Ferreira Villar Coelho, de Vitória, foi o vencedor na competição realizada na China

06 de dezembro de 2005

Estudante brasileiro que ganhou a inédita medalha de ouro para o país treinou no planetário do Rio de Janeiro antes do embarque para Pequim, na China (divulgação)

 

Agência FAPESP - Nas provas teóricas e práticas, a delegação brasileira que disputou a 10ª Olimpíada Internacional de Astronomia, na China, conseguiu jogar de igual para igual com seus adversários. Quando a prova mudou para a observação do céu, o fator campo até pesou contra os brasileiros.

Apesar disso, nenhum obstáculo conseguiu tirar de Felipe Ferreira Villar Coelho, de 15 anos, a inédita medalha de ouro. O estudante do Centro Educacional Leonardo da Vinci, em Vitória (ES), foi um dos 14 vencedores na competição.

Os brasileiros estavam em desvantagem porque o céu da China e do hemisfério Norte é totalmente diferente daquele observado a partir do continente sul-americano. Apesar de terem sido treinados para as diferenças no Planetário do Rio de Janeiro, uma semana antes do embarque para Pequim, sempre existia a expectativa de que a famosa regra futebolística "treino é treino, jogo é jogo" entrasse novamente em cena.

A medalha de ouro mostra que os astrônomos Jorge Marcelino dos Santos Júnior e Fernando Antônio Pires Vieira treinaram bem os jogadores para a competição. Eles, no Rio de Janeiro, simularam pelo planetário carioca o céu da China próximo ao momento em que seriam disputadas as provas de observação. A liderança dos professores Roberto Ortiz, da Universidade Federal do Espírito Santo, e Nuricel Aguilera, da Universidade Paulista (Unip), ajudaram muito o grupo em Pequim.

Os alunos designados pelo Brasil têm participação garantida na competição internacional, uma vez que o país organiza há sete anos a sua Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). Em 2005, participaram da competição 3.229 escolas. A maioria (74,4%) é pública. A próxima competição já tem data marcada: 12 de maio de 2006. As escolas interessadas em participar podem ainda cadastrar-se por e-mail.

Além do medalhista de ouro estiveram na China os estudantes Gustavo Amarante Furtado, do Colégio Pedro II (RJ), Marcos Alberto Martins Torres Júnior, do Colégio 7 de Setembro (CE), Nathan Willig Lima, do Colégio Militar de Porto Alegre (RS), Henrique Oliveira da Mata, do Colégio Objetivo (SP), e Gustavo Donadia Nascimento, do Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo.

Os e-mails para as inscrições para a Olimpíada Brasileira de Astronomia de 2006 são: oba@uerj.br e canalle@uerj.br . É preciso, no texto, indicar qual professor será responsável pela equipe da escola na competição. Informações também pelo telefone: (21) 2587-7150.


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