Desde a sanção da Lei nº 13.756, mais de 2 mil casas de apostas virtuais passaram a atuar no país (ilustração: João Montanaro)

Divulgação Científica
Os riscos associados à proliferação das bets no país são destaque em Pesquisa FAPESP
09 de outubro de 2024

Edição de outubro também discute por que as mulheres ainda ocupam poucos cargos na administração pública brasileira

Divulgação Científica
Os riscos associados à proliferação das bets no país são destaque em Pesquisa FAPESP

Edição de outubro também discute por que as mulheres ainda ocupam poucos cargos na administração pública brasileira

09 de outubro de 2024

Desde a sanção da Lei nº 13.756, mais de 2 mil casas de apostas virtuais passaram a atuar no país (ilustração: João Montanaro)

 

Agência FAPESP – A proliferação das plataformas de jogos on-line no Brasil a partir de 2018 e os problemas financeiros e de saúde associados a esse fenômeno são tema da reportagem de capa de Pesquisa FAPESP em outubro. Desde a sanção da Lei nº 13.756 por Michel Temer, mais de 2 mil casas virtuais de apostas – as chamadas bets – passaram a atuar no país.

Segundo especialistas, a cada ciclo de liberação dos jogos há um aumento súbito da proporção de pessoas que desenvolvem transtorno do jogo e buscam ajuda. Esse número volta a cair depois de um tempo, mas sempre para um patamar superior ao inicial. Agora, no entanto, há diferenças importantes. Uma delas é a facilidade de acesso. Os jogos de quota fixa liberados em 2018 funcionam por meio de sites ou aplicativos instalados no celular, ao alcance de qualquer um. Outra diferença é a de realizar apostas múltiplas e jogar continuamente.

Ao contrário das casas de apostas virtuais, a participação feminina na política avança lentamente no país. Passados quase 30 anos da primeira legislação criada para estabelecer cotas de gênero em candidaturas de eleições, a representatividade das mulheres na Câmara dos Deputados subiu de 6%, em 1998, para 18%, em 2022. Essa é uma evolução inferior à de países como Argentina e México, que adotaram medidas similares nas décadas de 1990 e 2000 e, hoje, registram 42% e 50% de presença feminina em seus parlamentos, respectivamente. Pesquisas têm mostrado que as características do sistema eleitoral e a dinâmica de partidos constituem barreiras à ascensão feminina na administração pública brasileira.

O primatologista e veterinário carioca Milton Thiago de Mello, morto em 1º de outubro aos 108 anos, é um dos entrevistados do mês. Entre os destaques de sua carreira estão o combate à brucelose, zoonose do gado bovino, no Brasil e na América Latina. Ele também foi o primeiro produtor de penicilina no país, em um experimento feito no porão do então Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, ajudou a formar líderes na área de primatologia ao criar cursos de especialização a partir da década de 1970, com atividades no meio da floresta em diferentes biomas brasileiros.

O outro entrevistado é o filósofo francês Francis Wolff, professor emérito aposentado da Escola Normal Superior de Paris que também já lecionou na Universidade de São Paulo (USP). Aos 74 anos, Wolff é considerado um dos grandes especialistas no pensamento de Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), mas sobretudo nas últimas duas décadas vem deslocando seu olhar para o mundo contemporâneo.

A edição também traz reportagens sobre empresas que testam inovações em ambientes regulatórios experimentais conhecidos como sandboxes; um monóculo para detectar imagens no escuro criado no país; e as contribuições brasileiras para o maior experimento internacional sobre neutrinos.

Esses e outros conteúdos podem ser acessados gratuitamente em: https://mailchi.mp/fapesp/transtornos-do-jogo.
 

  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.