A histórica missão espacial da China desta semana – o país se tornou o terceiro de todos os tempos a colocar uma nave tripulada na órbita da Terra – usou a mesma tecnologia empregada nos lançamentos de satélites de comunicação. O equipamento construído em conjunto pelo Brasil e pela China, chamado CBERS-1, chegou ao espaço em 1999 com um veículo lançador semelhante ao usado na terça (14/10)
A histórica missão espacial da China desta semana – o país se tornou o terceiro de todos os tempos a colocar uma nave tripulada na órbita da Terra – usou a mesma tecnologia empregada nos lançamentos de satélites de comunicação. O equipamento construído em conjunto pelo Brasil e pela China, chamado CBERS-1, chegou ao espaço em 1999 com um veículo lançador semelhante ao usado na terça (14/10)
Parte do sucesso histórico do programa espacial chinês está relacionado com o domínio da tecnologia de lançar satélites e espaçonaves que o país mais populoso do mundo desenvolveu. O programa, nomeado de "Longa Marcha", existe desde 1970.
Segundo informações da agência espacial chinesa, até a primeira missão tripulada do país, foram feitos 71 lançamentos. Apenas seis tiveram problemas. Ao todo, foram desenvolvidos 12 modelos de foguetes Longa Marcha . O último, que subiu na terça (14/10), a partir da base de Jiuquan, localizada a 1,6 mil quilômetros da capital Pequim, está em funcionamento desde 1996. Ele faz parte da quarta geração de veículos lançadores desenvolvidos pelos chineses com tecnologia 100% nacional.
O próprio Brasil já usufruiu dessa tecnologia, e vai usá-la novamente ainda este mês. Em 1999, em Taiyuan, ocorreu o lançamento do primeiro satélite construído em conjunto pela China e pelo Brasil. O CBERS-1 é um equipamento usado para sensoriamento remoto ainda em órbita.
Ainda neste mês, ao redor do dia 22, o Marcha 4 deverá entrar em funcionamento outra vez. Ele vai ser lançado para colocar em órbita o CBERS-2, um segundo satélite construído em conjunto por brasileiros e chineses. Assim como o primeiro equipamento lançado em 1999, esse satélite vai enviar imagens sobre o uso dos espaços aqui na Terra. Por intermédio desse instrumento será possível, por exemplo, perceber o crescimento das manchas urbanas das grandes cidades ou ainda o quanto se tem desmatado a Amazônia.
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