Para o pesquisador sul-africano Bob Brain, entender a evolução humana é fundamental para o desenvolvimento científico (foto: NPR)

Origem e futuro
15 de abril de 2005

Entender a evolução humana é fundamental para o desenvolvimento científico, diz diretor do Museu Transvaal, da África do Sul, no 4º Congresso Mundial de Centros de Ciência, no Rio de Janeiro

Origem e futuro

Entender a evolução humana é fundamental para o desenvolvimento científico, diz diretor do Museu Transvaal, da África do Sul, no 4º Congresso Mundial de Centros de Ciência, no Rio de Janeiro

15 de abril de 2005

Para o pesquisador sul-africano Bob Brain, entender a evolução humana é fundamental para o desenvolvimento científico (foto: NPR)

 

Por Washington Castilhos, do Rio de Janeiro

Agência FAPESP - Uma visão naturalista deu o tom da conferência feita por Bob Brain, diretor do Museu Transvaal, da África do Sul, no 4º Congresso Mundial de Centros de Ciência, realizado no Rio de Janeiro e cujo mote foi romper barreiras e engajar cidadãos.

"Só é possível romper essas barreiras do desenvolvimento e da popularização da ciência se olharmos para trás e falarmos de evolução humana. Temos de lembrar que viemos dos mesmos ancestrais – os primatas", disse Brain.

O cientista, que tem se dedicado à pesquisa com fósseis nas savanas africanas, está atualmente interessado nas raízes da predação entre os animais fossilizados. Tudo para responder ao seu próprio questionamento: "Devemos a nossa inteligência ao passado predatório?".

"O tamanho do cérebro humano dobrou nos últimos dois milhões de anos. Acredito que isso deve ter acontecido devido à constante situação de perigo dos nossos ancestrais nas savanas, situação imposta pelos predadores. E esse aumento resultou no desenvolvimento da inteligência humana", argumentou.

Recentemente, Brain encontrou perto de Johannesburgo uma caverna contendo fósseis de 108 indivíduos, alguns deles com ossos queimados. "As pessoas faziam uso do fogo para se proteger. Podemos crer que o fogo foi uma das primeiras tecnologias desenvolvidas pela espécie humana. O que não se podia imaginar naquela época é que a sofisticação do fogo levaria o homem, por exemplo, à Lua", disse o naturalista.


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