Especialistas reunidos na conferência da Anpei, em Belo Horizonte, destacam a importância de agências de inovação que auxiliem as empresas a elaborar projetos e identificar gargalos na atividade inovativa (foto: FAPESP)

Oportunidades para inovar
21 de maio de 2008

Especialistas reunidos na conferência da Anpei, em Belo Horizonte, destacam a importância de agências de inovação que auxiliem as empresas a elaborar projetos e identificar gargalos na atividade inovativa

Oportunidades para inovar

Especialistas reunidos na conferência da Anpei, em Belo Horizonte, destacam a importância de agências de inovação que auxiliem as empresas a elaborar projetos e identificar gargalos na atividade inovativa

21 de maio de 2008

Especialistas reunidos na conferência da Anpei, em Belo Horizonte, destacam a importância de agências de inovação que auxiliem as empresas a elaborar projetos e identificar gargalos na atividade inovativa (foto: FAPESP)

 

Por Sabine Righetti, de Belo Horizonte*

Agência FAPESP – Quando se fala em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil, um dos pontos mais unânimes é que a atividade ainda se concentra muito mais no setor público do que nas empresas, o que configura um cenário distante dos encontrados nos países mais ricos, que respondem por mais da metade da P&D no setor produtivo.

No entanto, os números não implicam que as empresas nacionais ou instaladas no Brasil não estejam preocupadas com pesquisa, desenvolvimento e inovação, não por coincidência os temas que conduzem a 8ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, realizada pela Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras.

A conferência, que ocorre em Belo Horizonte até 21 de maio, reúne aproximadamente 600 pessoas, entre especialistas, empresários, pesquisadores e interessados no assunto.

O primeiro dia da conferência teve um recorte específico no sistema de inovação mineiro. Para os especialistas presentes, Minas Gerais foi um dos estados que mais se adequaram à Lei de Inovação, publicada em dezembro de 2004.

"Reconhecemos que o setor empresarial está sendo ouvido, mas ainda há muito espaço para avançar", ressaltou Heloísa Regina Guimarães de Menezes, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi de Minas Gerais. Segundo ela, é preciso criar uma cultura de inovação para ajudar as empresas a elaborar projetos e captar recursos em temas ligados à inovação.

A questão da "cultura da inovação" também foi tratada pelo sociólogo Glauco Arbix, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, que, ao abordar as estratégias de política industrial e de inovação de sete países – Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Finlândia, Irlanda e Japão –, frisou a necessidade da construção, no Brasil, de agências de inovação que auxiliem as empresas a elaborar projetos e identificar quais são os gargalos na sua atividade inovativa.

Dentre os representantes do governo federal, Guilherme Henrique Pereira, secretário de Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), falou sobre o Plano de Ação da Ciência, Tecnologia e Inovação, conhecido como PAC da Ciência e lançado no fim do ano passado.

O plano tem entre seus objetivos estimular o investimento em P&D no setor privado, que, em 2006, destinou cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional para a atividade. A meta do PAC da Ciência é aumentar esse investimento para 0,65% do PIB até 2010. Para atingir a meta, o MCT pretende investir em bolsas de pesquisa, em programas como os fundos setoriais e nos incentivos fiscais para as empresas realizarem P&D no Brasil.

*Da Coordenadoria de Comunicação da Secretaria de Ensino Superior de São Paulo


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