No segundo dia da FAPESP Week North Carolina, a importância de estimular o intercâmbio em pesquisa é destacada pelos participantes (foto: K. Toledo)

Oportunidades em pesquisa colaborativa e internacional
13 de novembro de 2013

No segundo dia da FAPESP Week North Carolina, a importância de estimular o intercâmbio em pesquisa é destacada pelos participantes

Oportunidades em pesquisa colaborativa e internacional

No segundo dia da FAPESP Week North Carolina, a importância de estimular o intercâmbio em pesquisa é destacada pelos participantes

13 de novembro de 2013

No segundo dia da FAPESP Week North Carolina, a importância de estimular o intercâmbio em pesquisa é destacada pelos participantes (foto: K. Toledo)

 

Por Heitor Shimizu, de Raleigh

Agência FAPESP – “Esta é uma conferência histórica, que deveria ter acontecido há muito tempo”, disse Richard D. Mahoney, diretor da School of Public and International Affairs da North Carolina State University (NC State), em Raleigh, Estados Unidos, no segundo dia da FAPESP Week Carolina do Norte.

“Enquanto preparávamos esta conferência, verificamos que a FAPESP está presente na NC State há 17 anos, por meio do financiamento de bolsas e de projetos de pesquisa envolvendo cientistas do Estado de São Paulo e da Carolina do Norte”, disse.

Organizado pela FAPESP, pela University of North Carolina at Chapel Hill, pela UNC Charlotte, pela NC State e pelo Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center for Scholars, o simpósio tem como objetivo ampliar o intercâmbio entre pesquisadores do Estado de São Paulo e da Carolina do Norte.

“Hoje (12/11), estamos agradecendo esse trabalho conjunto ao apresentar parte desses projetos no simpósio FAPESP Week, em diversas áreas do conhecimento. E também apontamos para o futuro, com o anúncio do resultado de uma chamada de propostas que a NC State lançou em conjunto com a FAPESP em agosto”, disse Mahoney.

“Temos desenvolvido diversas parcerias estratégicas com o Brasil e destaco que esse acordo de cooperação científica com a FAPESP é muito importante para a NC State. E, quando vemos os projetos apoiados nessa primeira chamada, podemos esperar que será um acordo de grande impacto”, disse Li Bailian, vice-reitor para Assuntos Internacionais da NC State. 

Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, também ressaltou a importância em fortalecer a parceria com a NC State para criar oportunidades por meio das quais pesquisadores do Estado de São Paulo possam realizar trabalhos conjuntos com colegas no Estado norte-americano.

Para um auditório lotado nas modernas instalações da Biblioteca James B. Hunt, no campus da NC State, Brito Cruz apresentou um panorama da ciência e tecnologia no Estado de São Paulo.

Brito Cruz destacou que 45% dos doutorados por ano no Brasil são no Estado de São Paulo e que as universidades em São Paulo são “muito eficientes na criação de novos negócios. Um exemplo, são as mais de 200 startups criadas na Unicamp”.

“Em 2011, 61% do investimento em pesquisa e desenvolvimento em São Paulo derivou de empresas, 23% de fontes estaduais, 13% de fontes federais e o restante de outras fontes privadas. Com relação ao investimento público em pesquisa em desenvolvimento, a participação estadual é muito maior do que a federal no Estado de São Paulo, com 63% contra 37%. No restante do Brasil é mais na faixa de 20% estadual para 80% federal”, disse Brito Cruz.

O diretor científico explicou que a missão da FAPESP é apoiar o desenvolvimento de pesquisas em todas as áreas do conhecimento e que em 2012 a Fundação recebeu cerca de 21.400 propostas, com um tempo médio de decisão de 65 dias.

Brito Cruz descreveu algumas das principais modalidades de apoio à pesquisa oferecidas pela FAPESP, entre as quais os novos centros de pesquisa em engenharia criados em parceria com as empresas Peugeot Citröen, GSK e BG.

“Outra linha muito importante é o Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), por meio do qual financiamos pesquisas em mais de 1,2 mil pequenas empresas. Algumas das empresas apoiadas pelo programa passaram de faturamentos na casa dos US$ 200 mil por ano para, após alguns projetos apoiados, faturamentos superiores a US$ 10 milhões por ano”, disse. Em média, cerca de dois projetos PIPE são aprovados na FAPESP por semana.
 

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