Governo inaugura Centro de Monitoramento Ambiental, que irá reunir dados e produzir informes semanais sobre a Amazônia (foto: Ibama)

Olho fixo na floresta
13 de abril de 2004

Governo Federal inaugura nesta terça (13/4) o Centro de Monitoramento Ambiental, parte do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal que irá reunir dados e produzir informes semanais sobre a região

Olho fixo na floresta

Governo Federal inaugura nesta terça (13/4) o Centro de Monitoramento Ambiental, parte do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal que irá reunir dados e produzir informes semanais sobre a região

13 de abril de 2004

Governo inaugura Centro de Monitoramento Ambiental, que irá reunir dados e produzir informes semanais sobre a Amazônia (foto: Ibama)

 

Agência FAPESP - Os dados já existem e são conhecidos do governo, dos cientistas e das organizações não-governamentais. O que o Centro de Monitoramento Ambiental (Ceman), que será aberto nesta terça-feira (13/4), em Brasília, tentará fazer é integrar melhor as várias medidas do desaparecimento da Floresta Amazônica que são obtidas todos os dias.

Com informações geradas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), processadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ceman produzirá um informe bastante importante. Toda semana, irá mostrar o quanto da floresta desapareceu no período.

Com o informe, o Governo Federal acredita que poderão ser tomadas medidas urgentes, de forma rápida, para frear o desmatamento da região. O que governistas, acadêmicos e ambientalistas concordam é que a taxa de desmatamento, apesar de ter crescido 2% de 2002 para 2003 – menos do que em anos anteriores – como foi dvulgado no dia 7, continua grave e inaceitável.

Entre agosto de 2002 e o mesmo mês de 2003 desaparecerem do Norte do Brasil 23.750 quilômetros quadrados de floresta tropical, ambiente que abriga alta biodiversidade. Entre 2001 e 2002, foram destruídas 23.266 quilômetros quadrados.

Apesar dos esforços da sociedade civil organizada, dos cientistas e do governo, o impacto sobre a floresta está alto também dentro das próprias áreas destinadas para a conservação. Um gráfico divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente mostra que, entre 2002 e 2003, 1.477 quilômetros quadrados de pedaços de floresta, sejam eles de unidades indígenas, de preservação estadual ou federal foram derrubados.

Entre 2001 e 2002, a pressão causada pelo homem havia desmatado 1.319 quilômetros quadrados de regiões conservadas por lei. O crescimento do desmatamento, apenas nas unidades de conservação, foi de 27,79%.


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