Olheiros do ensino superior
26 de julho de 2004

Para Hans Van Ginkel, reitor da Universidade da ONU, o comportamento das universidades para os próximos 50 anos deve ser parecido ao de grandes clubes de futebol europeus, "que têm redes de contato para achar um bom jogador em qualquer parte do mundo"

Olheiros do ensino superior

Para Hans Van Ginkel, reitor da Universidade da ONU, o comportamento das universidades para os próximos 50 anos deve ser parecido ao de grandes clubes de futebol europeus, "que têm redes de contato para achar um bom jogador em qualquer parte do mundo"

26 de julho de 2004

 

Por Eduardo Geraque, de Cuiabá

Agência FAPESP - Os canais da conectividade estão cada vez mais abertos na sociedade contemporânea. Com os meios de comunicação e de transporte atingindo cada vez mais os quatro cantos do mundo a informação científica também circula de forma mais livre.

Segundo Hans Van Ginkel, reitor da Universidade da Organização das Nações Unidas, que está localizada em Tóquio, as universidades espalhadas pelo mundo sofrerão drásticas mudanças por causa desse novo fluxo do conhecimento.

"Temos dados que mostram que o conhecimento científico no mundo está dobrando a cada cinco anos", disse o pesquisador nascido na Indonésia e com nacionalidade holandesa que esteve em Cuiabá, na semana passada, para participar da 56ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Segundo Van Ginkel, que é geógrafo de formação, o comportamento das universidades nessa próxima meia década deve ser muito parecido aos grandes clubes de futebol europeus. "Eles têm grandes redes de contato, que podem achar um bom jogador em qualquer parte do mundo", explica.

Não que essa nova universidade tenha que se expandir de forma imperialista para outras regiões do globo. Na comparação feita pelo reitor da universidade da ONU, o novo ensino superior terá que estar mais conectado, mais atento a essa nova realidade associada a rapidez e ao dinamismo.

"Isso implica dizer que as novas carreiras terão que ser mais abertas, sem resistência as mudanças. Com mais agilidade e menos burocracia será possível investir mais em educação, o real objetivo das universidades", acredita Van Ginkel.


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