A partir de observações feitas nos Andes, astrônomos da Agência Espacial Européia estimam nova idade para a galáxia que contém o Sistema Solar: 13,6 bilhões de anos
A partir de observações feitas nos Andes, astrônomos da Agência Espacial Européia estimam nova idade para a galáxia que contém o Sistema Solar: 13,6 bilhões de anos
O estudo foi feito por os integrantes da Agência Espacial Européia (ESA) e será publicado em breve pela revista Astronomy & Astrophysics. O trabalho do italiano Luca Pasquini e colaboradores deu o resultado de 13,6 bilhões de anos, com um desvio de 800 milhões para mais ou menos.
Para chegar ao número, os cientistas usaram uma medição indireta. Primeiro, detectaram a quantidade de berílio presente em duas estrelas do aglomerado globular NGC 6397, cuja idade é estimada em 13,4 bilhões de anos – também com uma margem de erro de 800 milhões de anos.
Como se acredita que o berílio esteja presente na Via Láctea desde a formação do sistema, cálculos matemáticos permitiram induzir o intervalo de tempo que existiu entre o surgimento das primeiras estrelas dessa região do cosmos e a formação do aglomerado onde o berílio foi flagrado. Como esse número ficou em cerca de 200 milhões de anos, ele foi somado à idade do NGC 6397, para dar o resultado final de 13,6 bilhões de anos.
Se os cálculos dos astrônomos europeus estiverem corretos – debates importantes deverão ocorrer a partir da publicação dos dados –, os defensores da tese de que a Via Láctea surgiu logo após a era da escuridão causada pela grande explosão que provocou a origem do Universo terão mais um argumento a favor. As medidas mais precisas feitas até hoje apontam que o chamado Big Bang teria ocorrido há cerca de 13,7 bilhões de anos.
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