Pedro Galetti Junior, da SBG, ressalta a importância de fomentar o debate científico e disseminar as novidades do setor (foto:E.Geraque)

O fluxo brasileiro da genética
08 de setembro de 2004

Quase 3 mil pessoas se reúnem em Florianópolis na reunião anual da Sociedade Brasileira de Genética. Na cerimônia de abertura, o presidente da entidade, Pedro Galetti Junior, ressaltou a importância de fomentar o debate científico e disseminar as novidades do setor

O fluxo brasileiro da genética

Quase 3 mil pessoas se reúnem em Florianópolis na reunião anual da Sociedade Brasileira de Genética. Na cerimônia de abertura, o presidente da entidade, Pedro Galetti Junior, ressaltou a importância de fomentar o debate científico e disseminar as novidades do setor

08 de setembro de 2004

Pedro Galetti Junior, da SBG, ressalta a importância de fomentar o debate científico e disseminar as novidades do setor (foto:E.Geraque)

 

Por Eduardo Geraque, de Florianópolis



Agência FAPESP - O fluxo de informações científicas entre cientistas experientes, alunos de pós-graduação e de graduação está mais do que ativado. Até sexta-feira (10/9), a praia do Santinho, na região norte da Ilha de Florianópolis, será palco da edição de número 50 do Congresso Brasileiro de Genética, a reunião anual da Sociedade Brasileira de Genética (SBG).

Na cerimônia de abertura, realizada na noite de terça-feira (7/9), não faltou o hino nacional, imagens, e até mágicas, que lembraram o tema principal do evento – "50 anos desvendando a ciência" - e o discurso do presidente da principal instituição científica da área de genética do Brasil, Pedro Manoel Galetti Junior, da Universidade Federal de São Carlos.

"Esse evento é um ambiente amplamente favorável para se discutir as questões contemporâneas da genética", disse o presidente da SBG à Agência FAPESP. Entram nesta lista, segundo Galetti Junior, questões como genoma, proteoma, transgênicos e células-tronco. "São temas de ponta que estão sendo desenvolvidos no Brasil ao mesmo tempo que em outras partes do mundo, além de serem difundidos com freqüência pela mídia, o que aumenta a discussão sobre eles."

Dentro desse fluxo brasileiro da genética, Galetti Junior também lembra que durante o ultimo meio século o congresso cumpriu um outro papel. "Temos quase três mil pessoas aqui. Percebe-se que existe uma grande quantidade de alunos de pós-graduação, mas mesmos os que ainda não se graduaram, porém já decidiram pela genética, estão comparecendo. Essa troca de experiências com esse grupo também é muito importante", afirmou.

Sem ser muito adepto do termo pós-genômica – "essas pesquisas estão ocorrendo apenas entre alguns grupos, como no caso dos que estudam o genoma do câncer", disse –, o atual presidente da SBG se prepara para o fim de seu mandato, que ocorre em novembro. Nesta quinta, em Florianópolis, está marcada uma assembléia para escolher a nova diretoria da entidade. A expectativa é que a chapa única, encabeçada por Francisco Salzano, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, seja aclamada por uma grande maioria. "Sem dúvida, procuramos trabalhar sempre com o espírito da continuidade", afirma Galetti Junior.

Dentro da era genômica, o Congresso Brasileiro de Genética, durante os próximos três dias, terá um oportunidade bastante importante de se mostrar como um elo entre o mundo científico e as esferas política e social. Os cientistas, cada vez mais, percebem que o papel deles é também opinar e discutir fora dos laboratórios.


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