Foto: UFPA

O Coronel Sangrando
08 de setembro de 2003

Editora da Universidade Federal do Pará reedita importante obra de Inglês de Sousa (1853-1918), um dos pioneiros do Naturalismo no Brasil, que havia sido publicada pela última vez há 35 anos

O Coronel Sangrando

Editora da Universidade Federal do Pará reedita importante obra de Inglês de Sousa (1853-1918), um dos pioneiros do Naturalismo no Brasil, que havia sido publicada pela última vez há 35 anos

08 de setembro de 2003

Foto: UFPA

 

Agência FAPESP - Um livro raro, e que tem importância fundamental na história da literatura brasileira, está de volta às prateleiras, pelos menos em Belém (PA). A segunda reedição de O Coronel Sangrando, de Inglês de Sousa, publicada pela primeira vez em 1877 e reeditada em 1968, é de responsabilidade da Editora da Universidade Federal do Pará (Edufpa). A mesma instituição havia recolocado a obra no mercado há 35 anos.

Apesar de transcorrer tanto tempo desde que Sousa escreveu o livro, ele pode ser considerada atual. Considerado por críticos de literatura como um verdadeiro documento social, o texto de O Coronel Sangrando fala da Amazônia da pesca, do cacau e da política.

Inglês de Sousa, que viveu grande parte de sua vida no Rio de Janeiro, onde é patrono da cadeira número 28 da Academia Brasileira de Letras, ficou conhecido pela publicação do romance O Missionário, em 1871. Nascido em 28 de janeiro de 1853, em Óbidos (PA), e morto em 6 de setembro de 1918, no Rio de Janeiro, Sousa, que se formou em Direito pela Faculdade de São Paulo, não conseguiu muita projeção com os seus primeiros romances.

O primeiro, O Calculista, de 1876, também deve ser reeditado em breve pela Edufpa. Naquele mesmo ano, seria lançado História de um Pescador. Os dois livros, mais O Coronel Sangrando, integram a trilogia Cenas da Vida do Amazonas. Todas foram escritas por Sousa com o pseudômino Luís Dolzani.

Pelo caráter das obras do escritor de Óbidos, ele é considerado um dos pioneiros do Naturalismo no Brasil. Tinha um agudo senso de observação e uma forte ligação com cenas regionais. Na verdade, o primeiro livro de Sousa, que além de advogado e professor de Direito também foi jornalista e banqueiro, é anterior à famosa obra de Aluísio de Azevedo, O Mulato, de 1881, considerado o primeiro exemplo da escola Realista-Naturalista no Brasil.

A Edufpa vende suas publicações pelo correio para todo o Brasil. Informações podem ser obtidas pelo e-mail edufpa@ufpa.br.


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