Edição de julho também trata do antidiabético que tem sido apontado como promessa para prevenir e até reverter os danos da doença de Alzheimer (ilustração: Belisa Bagiani)
Edição de julho também trata do antidiabético que tem sido apontado como promessa para prevenir e até reverter os danos da doença de Alzheimer
Edição de julho também trata do antidiabético que tem sido apontado como promessa para prevenir e até reverter os danos da doença de Alzheimer
Edição de julho também trata do antidiabético que tem sido apontado como promessa para prevenir e até reverter os danos da doença de Alzheimer (ilustração: Belisa Bagiani)
Agência FAPESP – Ao menos 1,76 milhão de pessoas com mais de 60 anos têm alguma forma de demência no Brasil. É o que revela a reportagem de capa de Pesquisa FAPESP em julho.
A estimativa está em um relatório elaborado por especialista em neurologia, geriatria e saúde mental para ser encaminhado ao Ministério da Saúde com o intuito de mobilizar o governo e contribuir para criar uma estratégia de ação nacional para lidar com o tema. Segundo o documento, a maior parte dos afetados – uma fração ainda não bem conhecida que, segundo especialistas, pode superar 70% do total – nem sequer tem diagnóstico, o que os impede de receber tratamento adequado para ajudar a controlar as alterações de memória, raciocínio, humor e comportamento que surgem com a progressão da doença.
O aumento dos casos de demência não é exclusividade do Brasil. Em boa parte do mundo, a melhora das condições de vida no último século vem permitindo a mais gente viver mais. Em 2005, havia no mundo cerca de 670 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o equivalente a 10% do total. Em 2050, segundo projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), serão quase 2 bilhões, ou 22% da humanidade. Mas os países não serão afetados de modo homogêneo. Os casos de demência devem aumentar proporcionalmente mais em nações de média e baixa renda – na América Latina vão triplicar –, sobrecarregando os sistemas de saúde e as famílias.
A demência é uma das principais causas de incapacitação de idosos e gera um impacto físico, psicológico, social e econômico tanto para as pessoas com a doença como para quem cuida delas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019 foi gasto no mundo US$ 1,3 trilhão para atender a pessoas com demência.
A seção dedicada à neurociência traz reportagem sobre um medicamento originalmente indicado para tratar diabetes – conhecido como exenatida-4 – que tem sido apontado como a nova promessa para prevenir e até reverter os danos causados pela doença de Alzheimer. Administrada a camundongos geneticamente alterados para apresentar os efeitos típicos da enfermidade neurodegenerativa, a droga reverteu os danos no cérebro e melhorou a memória dos roedores. Resultados semelhantes estão sendo observados nos experimentos ainda em andamento com macacos.
Outro destaque da edição é a descoberta de um mineral raro no Ceará, que revela montanhas e vulcões extintos no interior do Estado.
A seção de entrevistas conta a trajetória da engenheira química Virginia Sampaio Teixeira Ciminelli, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Há pelo menos 15 anos, a especialista argumenta que a exploração de recursos naturais deve promover a prosperidade, principalmente da população que vive naquele espaço. Uma mina, por exemplo, faz parte de um espaço cultural e político, enfim, um território. As dificuldades na defesa desse conceito de divisão de recursos não a fazem desistir dessa e de outras iniciativas, como um programa de formação de estudantes de engenharia que reforça as habilidades de trabalhar em ambientes multidisciplinares e multiculturais.
A edição informa ainda por que a maioria dos órgãos para transplante não é aproveitada, conta detalhes de uma bateria de sódio que poderá ser uma alternativa à de lítio e apresenta uma megaestudo que comparou o genoma de espécies de primatas, inclusive os humanos.
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