Os dez anos mais quentes da história recente ocorreram de 2010 para cá (foto: Gonzalo Marroquin / Getty Images)
O sétimo mês deste ano bateu vários recordes históricos de temperatura, causou incêndios florestais e provocou mortes, relata a reportagem de capa
O sétimo mês deste ano bateu vários recordes históricos de temperatura, causou incêndios florestais e provocou mortes, relata a reportagem de capa
Os dez anos mais quentes da história recente ocorreram de 2010 para cá (foto: Gonzalo Marroquin / Getty Images)
Agência FAPESP – Com temperatura média de 22,97 °C, julho foi o mês mais quente da história recente, destaca a reportagem de capa da revista Pesquisa FAPESP em setembro. Turbinado pelo crescente aquecimento global causado pelo aumento nas emissões de gases de efeito estufa, o sétimo mês deste ano bateu vários recordes históricos de temperatura, causou incêndios florestais e provocou mortes, sobretudo no hemisfério Norte. A extensão da cobertura de gelo sobre a Antártida exibiu uma retração de 17%, um recuo sem precedentes, e, pelo quarto mês consecutivo de 2023, a temperatura média sobre a superfície dos oceanos foi recorde.
E nada indica que esse fenômeno seja passageiro ou tenha sido um caso isolado. Ao contrário. Os dez anos mais quentes da história recente ocorreram de 2010 para cá. O ano de 2016, que marca o final do El Niño mais forte já registrado, é o de temperaturas mais altas de acordo com a maioria dos levantamentos dos serviços climáticos. Os cientistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa), dos Estados Unidos, estimam que 2023 tem 50% de chance de se tornar o ano mais quente já registrado.
A edição também destaca o efeito das ilhas de calor urbano sobre cidades de médio e pequeno porte e estimativas de mortes anuais associadas a variações extremas da temperatura.
Outro tema abordado este mês é a queda na produção científica brasileira no pós-pandemia. Segundo relatório divulgado pela Elsevier e pela Agência Bori, autores do Brasil publicaram 74,5 mil documentos científicos em 2022, 7,5% menos do que os 80,5 mil do ano anterior. Só a Ucrânia, que está em guerra, sofreu redução dessa magnitude. Entre 1996 e 2021, a produção brasileira havia crescido ininterruptamente, embora o ritmo tivesse desacelerado no início da pandemia.
A publicação de setembro ainda traz reportagens sobre as redes que tentam ampliar a participação feminina em registros de patentes, os desafios para regular o uso de inteligência artificial e os dados de populações quilombolas e indígenas levantados pelo censo.
Todos os conteúdos podem ser acessados gratuitamente em: https://mailchi.mp/fapesp/aquecimento-global-provoca-o-mes-mais-quente-dos-ultimos-150-anos.
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