Novos mosquitos em Manaus
24 de novembro de 2003

Pesquisadora da Fundação Nacional de Saúde registra a presença, na capital do Amazonas, do gênero Aedes albopictus, que pode se tornar uma ponte entre os ciclos silvestre e urbano da febre amarela ou de outras arboviroses, como a dengue

Novos mosquitos em Manaus

Pesquisadora da Fundação Nacional de Saúde registra a presença, na capital do Amazonas, do gênero Aedes albopictus, que pode se tornar uma ponte entre os ciclos silvestre e urbano da febre amarela ou de outras arboviroses, como a dengue

24 de novembro de 2003

 

Agência FAPESP - Na Ásia, de onde é originário, o mosquito Aedes albopictus é um importante vetor de arboviroses. Desde a década de 80, essa espécie, que pode transmitir a febre amarela ou a dengue, deixou os países asiáticos e passou a viver também em outras partes do mundo. Ela chegou à América em 1985 e, no Brasil, em maio de 1986.

Desde então, o potencial vetor de doenças se multiplicou por diversos estados brasileiros. No Amazonas, segundo artigo científico publicado na edição de outubro da Revista de Saúde Pública, editada pela Universidade de São Paulo, o mosquito surgiu em 1996. Agora em 2003, pela primeira vez na história, o Aedes albopictus foi encontrado na cidade de Manaus.

Apesar do controle que existe sobre o gênero Aedes, essa nova espécie conseguiu sobreviver e se dispersar pelo território brasileiro. Segundo a autora do trabalho, Roseli La Corte dos Santos, do Centro Nacional de Epidemiologia da Fundação Nacional de Saúde, a grande adaptação da espécie aos diferentes tipos de ambientes pode tornar o mosquito uma ponte entre os ciclos silvestres e urbanos de doenças como a febre amarela.

Embora ainda não se conheça o papel dessa espécie encontrada em Manaus na transmissão da dengue nas Américas, os cientistas sabem que ela transmite a doença na Ásia. Por isso, a ocorrência inédita requer uma atenção especial.

"A interação entre o Aedes albopictus e o Aedes aegypti requer atenção", alerta Roseli no artigo. "Ambas se desenvolvem essencialmente nos mesmos criadouros artificiais de ambientes rurais, urbanos e peri-urbanos". A ocorrência agora registrada, segundo a cientista, aumenta as chances de que ocorram epidemias em zona urbana.

Para ler o artigo completo, disponível na biblioteca virtual SciELO, clique aqui.


  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.