Próxima edição do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação apresentará estudos relacionados ao desenvolvimento de órgãos humanos em laboratório, tecidos para reconstrução de partes do corpo e materiais cirúrgicos criados a partir de técnicas de bioengenharia e bioimpressão (foto: 3DBS/divulgação)

Novos materiais poderão aprimorar o tratamento de doenças graves
24 de junho de 2022

Próxima edição do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação apresentará estudos relacionados ao desenvolvimento de órgãos humanos em laboratório, tecidos para reconstrução de partes do corpo e materiais cirúrgicos criados a partir de técnicas de bioengenharia e bioimpressão

Novos materiais poderão aprimorar o tratamento de doenças graves

Próxima edição do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação apresentará estudos relacionados ao desenvolvimento de órgãos humanos em laboratório, tecidos para reconstrução de partes do corpo e materiais cirúrgicos criados a partir de técnicas de bioengenharia e bioimpressão

24 de junho de 2022

Próxima edição do Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação apresentará estudos relacionados ao desenvolvimento de órgãos humanos em laboratório, tecidos para reconstrução de partes do corpo e materiais cirúrgicos criados a partir de técnicas de bioengenharia e bioimpressão (foto: 3DBS/divulgação)

 

Agência FAPESP – O Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação apresentará na segunda-feira (27/06) quatro pesquisas voltadas ao desenvolvimento de novos materiais para a área de saúde. Entre os trabalhos estão membranas produzidas a partir de células-tronco para tratar lesões no joelho, um fígado gerado em laboratório, tecidos biomiméticos (que mimetizam tecidos humanos) com múltiplas aplicações e uma cola biológica que pode ser aplicada no reparo cirúrgico de lesões na medula e nos nervos. Durante o evento, pesquisadores envolvidos falarão sobre os resultados preliminares e encaminhamentos futuros das novas técnicas.

Como destaca o ortopedista Tiago Lazzaretti, um dos palestrantes, a artrose é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um problema de saúde pública por conta do envelhecimento da população e porque não existe cura para essa doença incapacitante.

“Existe um grande esforço internacional para desenvolver novos tratamentos capazes de reduzir a dor e devolver função a esses pacientes”, diz o pesquisador, que atua no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM-USP). Ele apresentará os últimos resultados na área, de projeto apoiado pela FAPESP, e o que falta para que essas terapias possam ser aplicadas na rotina clínica (leia mais em: agencia.fapesp.br/35503).

Outra participante será Ana Millás, que comanda a startup 3D Biotechnology Solutions – 3DBS, apoiada pelo programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE). A empresa desenvolve equipamentos de biofabricação e modelos in vitro de pele bioimpressa, organoides (miniórgãos) e scaffolds (suportes nos quais as células podem ser cultivadas para formar um tecido).

“As atividades de pesquisa e desenvolvimento da 3DBS estão voltadas para a expansão do portfólio de tecidos biofabricados, atendendo os segmentos de alimentos, cosméticos e farmacêutico, rumo ao desenvolvimento de terapias avançadas", conta (leia mais em: pesquisaparainovacao.fapesp.br/2070).

O pesquisador Kayque Alves Telles Silva, do Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP, trará detalhes sobre as novas técnicas de reconstituição tecidual e recuperação metabólica do fígado. Atualmente, a única opção para a remediação de doenças hepáticas severas é a realização de transplante parcial ou total do fígado.

“Mas a engenharia tecidual hepática, aliada à tecnologia de células-tronco pluripotentes induzidas [iPS, na sigla em inglês], constitui uma alternativa para os procedimentos terapêuticos tradicionais”, diz.

As iPS são células-tronco obtidas em laboratório a partir de uma célula já diferenciada do paciente a ser tratado, extraída da pele ou qualquer outro tecido de fácil acesso. Usando compostos conhecidos como fatores de transcrição, os pesquisadores reprogramam essa célula madura, fazendo-a retornar a um estágio indiferenciado. A vantagem é gerar uma célula-tronco com o material genético do paciente (leia mais em: agencia.fapesp.br/35239).

E por último a pesquisadora Paula Kempe, que foi bolsista da FAPESP, apresentará os efeitos do reparo cirúrgico de lesões medulares e nos nervos usando selante de fibrina, uma cola biológica. Ela participou de trabalho realizado no Laboratório de Regeneração Nervosa do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com o Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (Cevap), sediado no campus de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Em experimentos com camundongos, o procedimento cirúrgico foi associado ao tratamento com um medicamento neuroprotetor e anti-inflamatório, resultando na sobrevivência de 70% dos neurônios afetados e possibilitando aos animais recuperar 50% do movimento no membro afetado (leia mais em: agencia.fapesp.br/37768).

O Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação é uma parceria entre o Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e a FAPESP para a realização de eventos de divulgação científica dirigidos à sociedade, legisladores, gestores públicos e demais interessados. O evento será transmitido pelo canal da Assembleia Legislativa de São Paulo no YouTube.

Inscrições: www.al.sp.gov.br/ilp/cursos-eventos/detalheAtividade.jsp?id=8505.
 

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