Os bronzes são compostos de intercalação, eles envolvem a inserção de átomos em estruturas de materiais hospedeiros sem alterar significativamente a estrutura original (imagem: divulgação)
Os nanobastões de bronze de sódio e tungstênio têm várias aplicações, incluindo o uso em dispositivos capazes de controlar a luminosidade e a climatização em ambientes fechados
Os nanobastões de bronze de sódio e tungstênio têm várias aplicações, incluindo o uso em dispositivos capazes de controlar a luminosidade e a climatização em ambientes fechados
Os bronzes são compostos de intercalação, eles envolvem a inserção de átomos em estruturas de materiais hospedeiros sem alterar significativamente a estrutura original (imagem: divulgação)
Agência FAPESP* – Pesquisadores ligados ao Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) aplicaram uma nova rota de síntese – que utiliza apenas precipitação em solução aquosa ácida – para obter nanobastões de bronze de sódio e tungstênio. O material pode ter várias aplicações, incluindo o uso em janelas eletrocrômicas, que são dispositivos capazes de controlar a luminosidade e a climatização em ambientes fechados, por meio do clareamento ou escurecimento do vidro.
Descrita no Journal of Solid State Electrochemistry, a técnica mostrou-se rápida, simples e com baixo consumo de energia elétrica. Além disso, não exige equipamentos sofisticados, na avaliação dos autores, o que a torna vantajosa em comparação a outros métodos.
“Os bronzes são compostos de intercalação, eles envolvem a inserção de átomos em estruturas de materiais hospedeiros sem alterar significativamente a estrutura original”, explica Tiago Almeida Martins, primeiro autor do artigo e pesquisador do CDMF – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
No caso, o material hospedeiro era o trióxido de tungstênio com estrutura cristalina hexagonal. O átomo inserido em sua estrutura era de sódio. Além da síntese, o estudo testou o tratamento térmico de uma das amostras sintetizadas, que foi aquecida a 300°C por duas horas. O objetivo foi retirar parte da água estrutural, o que aumentou a eficiência eletrocrômica do material.
“No futuro, o objetivo será otimizar o tamanho e as morfologias das nanopartículas do bronze de sódio e tungstênio para aumentar seu potencial de uso em áreas como tecnologia de janelas inteligentes, armazenamento de energia e dispositivos eletrônicos avançados”, conta Martins.
O artigo Bronze sodium tungsten precipitation synthesis and lithium intercalation pode ser lido em: https://link.springer.com/article/10.1007/s10008-024-06110-2.
* Com informações do CDMF.
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