Jorge Almeida Guimarães, novo presidente da Capes (foto: Bruno Spada/UnB Agência)

Novo aliado para a reforma educacional
19 de fevereiro de 2004

Jorge Almeida Guimarães, professor emérito da UFRJ, assume a presidência da Capes com a responsabilidade de aumentar – e difundir – os níveis de excelência da educação

Novo aliado para a reforma educacional

Jorge Almeida Guimarães, professor emérito da UFRJ, assume a presidência da Capes com a responsabilidade de aumentar – e difundir – os níveis de excelência da educação

19 de fevereiro de 2004

Jorge Almeida Guimarães, novo presidente da Capes (foto: Bruno Spada/UnB Agência)

 

Agência FAPESP - A tarefa para 2004 é árdua. O ministro da Educação Tarso Genro avisou que a missão da pasta que comanda desde janeiro será articular, em 12 meses, no máximo, o projeto da reforma universitária.

Para cumprir as metas, que, segundo Genro estão em sintonia fina com os planos do Governo Federal, alguns profissionais já foram escolhidos. Um deles assumiu esta semana, em Brasília, a presidência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Trata-se do médico veterinário Jorge Almeida Guimarães, professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Guimarães, que não é filiado a nenhum partido político, "apenas ao PECT, o Partido da Educação, da Ciência e da Tecnologia", como disse na cerimônia de posse, estava nas esferas federais antes de chegar à Capes. Ocupava a secretaria nacional de Políticas Estratégicas e de Desenvolvimento Científico do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Segundo informou a Agência UnB, no discurso de posse Guimarães relembrou sua origem humilde e toda a vida estudantil em escolas públicas. "Sou produto da inclusão e da progressão social e quero que todos os brasileiros tenham acesso a essa oportunidade", disse.

Sobre a missão da Capes, afirmou que uma das metas é manter a qualidade do serviço atual de avaliação dos cursos de pós-graduação. Outro objetivo é a criação de programas e projetos que possam induzir a melhoria da educação, em todos os níveis e em todos os Estados.

Sobre os valores das bolsas de pós-graduação, que estão defasados em relação aos valores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o novo presidente da Capes fez questão de dizer que o Ministério da Educação tem demonstrado um grande empenho para resolver o problema.

Na quinta (19/2), pró-reitores de pesquisa e pós-graduação das universidades públicas e privadas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais estiveram reunidos na Universidade Estadual de Campinas e destacaram a importância de reajustar as bolsas da Capes.

O CNPq reajustou as suas bolsas no início do ano em 18%. Essa é a mesma taxa que os alunos de pós-graduação reivindicam para a Capes, instituição responsável pela metade das bolsas oferecidas no país e que há dez anos não faz nenhum tipo de reajuste. Enquanto o fomento do CNPq a um aluno de doutorado, por exemplo, subiu para R$ 1.267, o da Capes ficou estacionado em R$ 1.072.


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