Carla Lopes Rodrigues, bolsista de doutorado FAPESP, ganha Prêmio Instituto Claro por aplicação de recursos tecnológicos em programas sociais (foto: arq.pessoal)

Novas formas de aprender
11 de novembro de 2009

Carla Lopes Rodrigues, bolsista de doutorado FAPESP, ganha Prêmio Instituto Claro por aplicação de recursos tecnológicos em programas sociais

Novas formas de aprender

Carla Lopes Rodrigues, bolsista de doutorado FAPESP, ganha Prêmio Instituto Claro por aplicação de recursos tecnológicos em programas sociais

11 de novembro de 2009

Carla Lopes Rodrigues, bolsista de doutorado FAPESP, ganha Prêmio Instituto Claro por aplicação de recursos tecnológicos em programas sociais (foto: arq.pessoal)

 

Por Fábio Reynol

Agência FAPESP – Todas as terças-feiras, cerca de 30 agentes da Prefeitura Municipal de Pedreira (SP) se reúnem para aprender a lidar com novas tecnologias e partilhar registros de visitas e entrevistas feitas com a população da cidade.

O encontro faz parte do projeto de doutorado de Carla Lopes Rodrigues, bolsista da FAPESP, vencedor da primeira edição do Prêmio Instituto Claro – Novas formas de aprender, que será entregue em cerimônia nesta quarta-feira (11/11).

Orientado pelo professor José Armando Valente, do programa de Pós-graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes (IA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o trabalho de Carla avalia a aplicação de recursos audiovisuais como ferramentas de apoio em programas sociais envolvendo saúde e educação.

Munidos de câmeras fotográficas e de vídeo e gravadores digitais, os agentes fazem entrevistas com a população e registram as visitas às residências. O material é avaliado em reuniões com médicos e outros profissionais de saúde, que discutem as demandas e necessidades locais bem como a melhor maneira de atendê-las. Para isso, o programa tem parceria com o Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e com o Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa-ação para Comunidades Saudáveis (Lipacs) do Departamento de Multimeios do IA.

“Além de debater soluções para essas demandas, o projeto trabalha a inclusão social”, ressaltou Carla, salientando que antes do programa apenas três desses agentes públicos tinham e-mail. Hoje, além de terem endereço eletrônico, todos são periodicamente capacitados nos usos de equipamentos multimídia.

O trabalho também propõe soluções tecnológicas para determinados problemas. “Um jogo eletrônico, por exemplo, pode ajudar na educação de jovens sobre gravidez na adolescência”, indicou. O objetivo é promover a inclusão digital e testá-la como ferramenta para identificação de problemas e de auxílio a soluções.

A iniciativa utiliza como canal de Inclusão Digital a rede social inclusiva "Vila na rede", que integra o projeto e-Cidadania, uma nova proposta de rede social on-line em desenvolvimento no âmbito do Instituto Virtual de Pesquisas FAPESP-Microsoft Research.

As reuniões, parte presenciais, parte virtuais, contam com a infra-estrutura de um telecentro do programa Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão (GESAC) montado na cidade de Pedreira. Esse espaço público possui conexão com a internet através de uma infovia municipal e está ligado em rede por meio do ambiente Tidia-Ae/Sakai do Lipacs - plataforma desenvolvida no Programa Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada-Aprendizado Eletrônico (Tidia-Ae) da FAPESP.

Nessa primeira versão, o Prêmio Instituto Claro recebeu 1.365 inscrições em três categorias: Vivência, Desenvolvimento e Pesquisa, esta última dividida em dois subgrupos “Graduação/Curso técnico” e “Pós-graduação” da qual Carla foi a vencedora. Thomas Eduardo Schiffino de Oliveira, aluno da Universidade Federal do Mato Grosso, foi o vencedor na categoria “Graduação”.

Mais informações: www.institutoclaro.org.br.
 

  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.