Tema é destaque na edição de maio de Pesquisa FAPESP, que também traz dados de um levantamento nacional sobre aborto (ilustração: Aline van Langendonck)
Tema é destaque na edição de maio de Pesquisa FAPESP, que também traz dados de um levantamento nacional sobre aborto
Tema é destaque na edição de maio de Pesquisa FAPESP, que também traz dados de um levantamento nacional sobre aborto
Tema é destaque na edição de maio de Pesquisa FAPESP, que também traz dados de um levantamento nacional sobre aborto (ilustração: Aline van Langendonck)
Agência FAPESP – Beba com moderação. Mas quantos copos de cerveja, taças de vinho ou doses de destilado cabem nessa recomendação presente em quase todas as propagandas de bebidas alcoólicas? Essa é a pergunta que a reportagem de capa de Pesquisa FAPESP busca responder no mês de maio.
Como destaca o texto, a conclusão dominante de um conjunto de estudos e recomendações mais recentes é a de que não há dose, por pequena que seja, com risco zero à saúde. Quanto menor for a ingestão de álcool, menor o risco de desenvolver doenças relacionadas a esse hábito, como problemas no coração, alguns tipos de câncer, cirrose hepática, distúrbios mentais e alcoolismo, sofrer ou provocar acidentes e se envolver em violência física. Essa é a mensagem central da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de boa parte dos trabalhos científicos atuais.
Mas não é fácil abandonar um hábito que acompanha a humanidade desde o surgimento das cidades e da agricultura. Há evidências de que há 10 mil anos os chineses já produziam uma bebida fermentada a partir de uma mistura de arroz, mel e frutas.
Para o historiador Henrique Soares Carneiro, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), o álcool e as drogas em geral são um dos elementos fundadores da civilização humana por seu valor econômico, social e cultural. “Desde o fim do século 19, a história das drogas é, antes de tudo, a história de suas regulações, de como elas são autorizadas a circular nas sociedades e das políticas de repressão, incitações e tolerância a seu uso”, comenta Carneiro, coordenador do Laboratório de Estudos Históricos de Drogas e Alimentação da FFLCH. Mais do que possíveis danos à saúde, a proibição do uso de certas substâncias na sociedade industrial, como conta o historiador no livro Drogas – A história do proibicionismo (Autonomia Literária, 2018), se dá por razões religiosas, econômicas (não afetar a produção de bens) ou simplesmente por controle do Estado.
A edição também traz dados de um levantamento nacional sobre aborto divulgado na revista Ciência e Saúde Coletiva. Os dados apontam que uma a cada sete brasileiras de 40 anos já fez ao menos um procedimento do tipo. Segundo a pesquisa, a cada ano são realizados cerca de 500 mil abortos no Brasil. Em 43% dos casos surgem complicações que exigem a internação da mulher em hospitais ou prontos-socorros.
Um vidro bioativo com potencial de matar células cancerígenas e simultaneamente regenerar o osso é destaque na seção dedicada a engenharia de materiais.
E a revista aborda ainda o impacto do modelo de acesso aberto para cientistas de países em desenvolvimento, o avanço do fenômeno conhecido como voçoroca pelo país e a queda no financiamento de pesquisas sobre doenças negligenciadas ocorrida no Brasil nas últimas décadas.
Para ler gratuitamente esses e outros temas abordados em Pesquisa FAPESP acesse: https://mailchi.mp/fapesp/uma-dose-de-discordia.
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