Algas vermelhas coralinas, conhecidas como rodolitos e encontradas na Groenlândia, surpreendem os cientistas ao serem descobertas próximo ao litoral do Alasca (foto: divulgação)

Nova residência
29 de setembro de 2004

Algas vermelhas coralinas, conhecidas como rodolitos e encontradas na Groenlândia, surpreendem os cientistas ao serem descobertas próximo ao litoral do Alasca. Uma das espécies encontrada pode ser inédita

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Algas vermelhas coralinas, conhecidas como rodolitos e encontradas na Groenlândia, surpreendem os cientistas ao serem descobertas próximo ao litoral do Alasca. Uma das espécies encontrada pode ser inédita

29 de setembro de 2004

Algas vermelhas coralinas, conhecidas como rodolitos e encontradas na Groenlândia, surpreendem os cientistas ao serem descobertas próximo ao litoral do Alasca (foto: divulgação)

 

Agência FAPESP - Os pesquisadores da Universidade do Alasca em Fairbanks, nos Estados Unidos, imaginavam que conheciam bem o assoalho marinho que circundava o litoral da região. Tanto é verdade que o objetivo dos projetos era descer cada vez mais nas profundezas, a bordo de submersíveis, para explorar novas zonas geográficas. Mas um simples mergulho autônomo mudou esse quadro.

Chamadas de rodolitos, algas vermelhas que secretam carbonato de cálcio e vivem em grandes colônias no fundo mar se assemelham a formações coralinas. Conhecida dos pesquisadores, elas já foram identificadas na Groelândia e na Colúmbia Britânica, no Canadá. No Alasca é a primeira vez.

"Isso é notável, pois representa um tipo de hábitat que ninguém havia identificado", disse Brenda Konar, do Centro de Pesquisa Submarina da Costa Leste e de Regiões Polares da universidade norte-americana, em comunicado da instituição. Foi a pesquisadora que encontrou as algas em mergulhos próximos à costa.

Os rodolitos ocupam um nicho importante dentro do ecossistema oceânico. Eles vivem, normalmente, na transição entre as zonas rochosas e o fundo de areia oceânico. Não são filtradores e produzem energia para sobrevivência a partir da fotossíntese.

"Claro que, com essa descoberta, precisamos encontrar mais desses organismos para precisar que papel representam no ecossistema marinho do Alasca", disse Brenda. Os mergulhos, segundo ela, foram feitos em uma profundidade de 60 metros. A cientista mergulha naquelas áreas há 15 anos.

O material coletado nas águas geladas do Hemisfério Norte já foi enviado para identificação taxonômica. Um dos principais especialistas em rodolitos, o mexicano Rafael Riosmena-Rodriguez, da Universidade Autônoma de Baja Califórnia, já deu um parecer inicial sobre as duas espécies encontradas.

"Uma delas é a Phymatolithon calcareum, que é encontrada no Atlântico Norte. A segunda, provavelmente, é uma espécie nova. Não se parece com nada que já tenha visto", afirmou o cientista.


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