Imagem de células cancerosas em camundongos com alfa-TEA (foto: LuZhe Sun/ Un. Texas)
Cientistas da Universidade do Texas em Austin, nos EUA, descobrem substância derivada da vitamina E que diminui o tamanho de tumores para menos da metade, além de reduzir drasticamente as metástases
Cientistas da Universidade do Texas em Austin, nos EUA, descobrem substância derivada da vitamina E que diminui o tamanho de tumores para menos da metade, além de reduzir drasticamente as metástases
Imagem de células cancerosas em camundongos com alfa-TEA (foto: LuZhe Sun/ Un. Texas)
"Temos evidências claras de que (a substância) está provocando diretamente a morte de células cancerosas", disse Kimberly Kline, professora do Departamento de Ecologia Humana e responsável pela pesquisa junto com Bob Sanders, da Faculdade de Ciências Biológicas da mesma universidade.
O estudo foi feito a partir de resultados de trabalhos anteriores dos mesmos pesquisadores e financiado pelo Instituto Nacional do Câncer e outras agências norte-americanas em um programa para avaliar o potencial anticancerígeno da substância, o éter acético análogo RRR-alfa-tocoferol (alfa-TEA). Os resultados estão publicados na edição de outubro da revista Experimental Biology and Medicine.
Na pesquisa, camundongos foram tratados com alfa-TEA durante 21 dias, após terem recebido injeções de células cancerosas que normalmente formariam uma massa tumoral e se espalhariam para os pulmões do animal. Os cientistas verificaram que a substância foi capaz de reduzir a formação do tumor para menos da metade do tamanho esperado. Os resultados foram os mesmos para as duas formas de administração analisadas, por via oral ou aerossol.
A substância também foi capaz de reduzir grandes metástases nos pulmões. Dos dez camundongos tratados com alfa-TEA, apenas um desenvolveu lesões visíveis a olho nu. Em comparação, dos dez animais não tratados, as lesões tumorais metásticas de grande tamanho foram observadas em cinco deles.
Os autores do estudo também utilizaram microscopia eletrônica em busca de lesões de tamanhos menores. Segundo eles, nenhum dos camundongos tratados mostrou qualquer tipo de sintomas gerais de toxicidade para a substância.
O pesquisadores, entretanto, ressaltam que os resultados, embora animadores, não permitem afirmar que a substância terá o mesmo efeito em humanos. "A pesquisa tem se mostrado muito promissora, mas ainda há muito a ser feito antes que possamos testar o alfa-TEA em humanos", ressaltou Kimberly, em comunicado da Universidade do Texas em Austin.
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