Erwin Neher, ganhador do Nobel de Medicina em 1991, diz ter-se impressionado com a dimensão do projeto brasileiro
(foto: E.Geraque
O alemão Erwin Neher, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina em 1991, diz ter-se impressionado com a dimensão do projeto brasileiro e a preocupação social presente na iniciativa
O alemão Erwin Neher, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina em 1991, diz ter-se impressionado com a dimensão do projeto brasileiro e a preocupação social presente na iniciativa
Erwin Neher, ganhador do Nobel de Medicina em 1991, diz ter-se impressionado com a dimensão do projeto brasileiro
(foto: E.Geraque
Ainda assim, Neher, de 59 anos, resolveu atravessar o Atlântico para participar do Simpósio Internacional de Neurociência e, mais do que isso, dar seu apoio ao projeto do instituto idealizado por Nicolelis, com o peso de quem carrega um Nobel de Medicina no currículo. O especialista em fisiologia recebeu o prêmio em 1991, junto com o também alemão Bert Sakmann, pelos estudos sobre o funcionamento dos canais de íons das células, de vital importância para a vida das mesmas.
"Idan Segev (pesquisador israelense que é amigo tanto do europeu quanto do brasileiro) me convenceu a vir até aqui para apoiar a criação do Instituto Internacional de Neurociência", conta o discreto Neher, que não evoca a típica imagem de celebridade tão associada aos laureados com o maior prêmio da ciência.
É certo que o desejo de conhecer o Brasil também pesou em sua decisão de aceitar o convite de Nicolelis. Tanto que, depois da estada em Natal, Neher vai ao Rio de Janeiro. O cientista alemão se impressionou com o tamanho do projeto brasileiro e com a preocupação social presente na iniciativa, que prevê a construção de uma escola de alto nível para crianças carentes e um centro de saúde mental ao lado do instituto de pesquisas em neurociências.
"Vi algo semelhante, mas menor, no Chile, que era voltado basicamente para a área de pesquisa", disse. "Se o projeto em Natal der certo, o instituto pode ser a semente para uma rede de institutos espalhados pelo Brasil", disse em sua apresentação no simpósio.
Por trabalhar fundamentalmente com pesquisa básica, Neher acredita que não deverá haver muitas oportunidades para desenvolver trabalhos conjuntos com os cientistas do Instituto Internacional de Neurociência de Natal. "Acho que, se o instituto realmente sair do papel, seus participantes vão trabalhar mais com pesquisa aplicada", acredita. Ele, no entanto, não descarta o estabelecimento de parcerias no futuro.
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