O professor Ado Jório de Vasconcelos, da UFMG, no vídeo de apresentação do projeto vencedor (imagem: reprodução)

Prêmios
Nanoscópio desenvolvido na UFMG vence o Prêmio Péter Murányi 2024
23 de fevereiro de 2024

Segundo colocado foi o projeto de reator sustentável desenvolvido na Unicamp com apoio da FAPESP e da Shell

Prêmios
Nanoscópio desenvolvido na UFMG vence o Prêmio Péter Murányi 2024

Segundo colocado foi o projeto de reator sustentável desenvolvido na Unicamp com apoio da FAPESP e da Shell

23 de fevereiro de 2024

O professor Ado Jório de Vasconcelos, da UFMG, no vídeo de apresentação do projeto vencedor (imagem: reprodução)

 

Agência FAPESP – Foram anunciados ontem (22/02) os três vencedores do Prêmio Péter Murányi 2024, que teve como foco “Ciência & Tecnologia”. O primeiro colocado foi o projeto “Nanoscópio: A Ciência e a Tecnologia Ampliando a Realidade”, desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sob a coordenação do professor Ado Jório de Vasconcelos.

O objetivo principal foi desenvolver e produzir um nanoscópio, equipamento óptico que revela imagens na escala do nanômetro (medida 1 bilhão de vezes menor que o metro) e que pode ser utilizado no desenvolvimento da nanotecnologia. Entre as aplicações estão o estudo de materiais bidimensionais, como o grafeno, e de materiais de interesse da agroindústria, como os biocarvões. O instrumento já foi patenteado e a tecnologia está pronta para ser transferida à indústria.

Em segundo lugar ficou o projeto “Reator sustentável: constituído por eletrodos de óxidos metálicos e células solares, para aplicações na descontaminação de água ou conversão de CO2 utilizando energia solar”, coordenado pela pesquisadora Claudia Longo na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e apoiado pela FAPESP no âmbito do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) – um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell.

Uma das aplicações da tecnologia é a remoção de contaminantes da água, como resíduos de pesticidas e de medicamentos. Durante o experimento realizado como prova de conceito, a tecnologia se mostrou capaz de eliminar da amostra o antibiótico amoxicilina. Outro uso possível é a conversão de dióxido de carbono (CO2) em produtos de valor comercial, como o etanol.

O terceiro colocado foi o projeto “Tecnologia para redução da evasão escolar”, conduzido por Leonardo Souza na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). O objetivo foi criar uma solução de baixo custo, baseada em inteligência artificial, que ajuda a identificar precocemente estudantes em situação de abandono escolar e mapear os motivos que levam o estudante a deixar a escola, entre outras finalidades. A estratégia foi testada em duas cidades da Bahia e se mostrou capaz de reduzir a evasão escolar pela metade.

Ao todo, foram avaliados 144 trabalhos indicados por 78 instituições de todo o país para participar da 22ª edição do Prêmio Péter Murányi. Os três finalistas foram escolhidos pela Comissão Técnica & Científica, composta por Lucindo José Quintans Júnior (Universidade Federal de Sergipe), Luiz Eugênio Mello (Universidade Federal de São Paulo), José Oswaldo de Siqueira (Universidade Federal de Lavras) e Marco Antonio Bego (Universidade de São Paulo).

Instituída em 1999, a premiação é promovida anualmente com o objetivo de reconhecer e premiar trabalhos que, de forma inovadora e prática, contribuam para a melhoria da qualidade de vida das populações. Ao todo oferece R$ 250 mil aos finalistas, além de troféu e certificado de reconhecimento público.
 

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