Com menos de um ano de existência, Incrementha investirá R$ 12 milhões em pesquisa em 2007. Primeiro produto da incubada do Cietec a chegar ao mercado terá nanocápsula biodegradável para transporte de medicamento (foto: Biolab)
Com menos de um ano de existência, Incrementha investirá R$ 12 milhões em pesquisa em 2007. Primeiro produto da incubada do Cietec a chegar ao mercado terá nanocápsula biodegradável para transporte de medicamento
Com menos de um ano de existência, Incrementha investirá R$ 12 milhões em pesquisa em 2007. Primeiro produto da incubada do Cietec a chegar ao mercado terá nanocápsula biodegradável para transporte de medicamento
Com menos de um ano de existência, Incrementha investirá R$ 12 milhões em pesquisa em 2007. Primeiro produto da incubada do Cietec a chegar ao mercado terá nanocápsula biodegradável para transporte de medicamento (foto: Biolab)
Agência FAPESP – Com pouco mais de um ano de existência, a Incrementha é um bom exemplo da importância da pesquisa e da inovação no setor farmacêutico. A empresa, em que a maior parte dos funcionários tem mestrado ou doutorado, tem 30 projetos de pesquisa em andamento e seis patentes depositadas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Abrigada no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) da Universidade de São Paulo (USP), a Incrementha investiu cerca de R$ 4 milhões em projetos no primeiro ano e deve destinar, em 2007, outros R$ 12 milhões para o desenvolvimento de novas combinações de moléculas e para o custeio dos estudos clínicos de algumas linhas de pesquisa. A empresa é uma parceria dos laboratórios Biolab e Eurofarma.
O primeiro produto da Incrementha que deverá chegar ao mercado foi apresentado na quarta-feira (25/4), em São Paulo. Trata-se de um anestésico de uso tópico para uso em pequenas cirurgias na pele, desenvolvido em parceria com as pesquisadoras Silvia Guterres e Adriana Pohlmann, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A inovação está em uma nanocápsula biodegradável que transporta o medicamento para regiões específicas. "Com o veículo nanotecnológico, o anestésico penetra e se concentra apenas nas terminações nervosas da pele, evitando ser absorvido pela circulação sangüínea e diminuindo as chances dos efeitos colaterais. A nanotecnologia está no controle da absorção e da liberação do princípio ativo", disse Henry Suzuki, diretor técnico da Incrementha.
Entre os benefícios do nanofármaco estão a diminuição da dose recomendada e o aumento da potência do princípio ativo e do tempo de duração do efeito terapêutico. "Apesar de os testes clínicos ainda não terem começado, o desenvolvimento tecnológico do nanofármaco está concluído. O produto em escala comercial deverá chegar ao mercado em menos de dois anos", disse Suzuki.
Segundo ele, um dos enfoques da Incrementha é desenvolver plataformas tecnológicas que possam servir como veículo-padrão para o transporte de outros medicamentos. "Vencidas as barreiras tecnológicas desse primeiro produto, queremos abrir caminho para outros que possam se beneficiar da nanotecnologia", afirma Suzuki.
Para Dante Alário, diretor da Biolab Farmacêutica, esse tipo de parceria entre universidade e empresa é importante para o desenvolvimento de inovações incrementais.
"A empresa ainda está aprendendo a trabalhar em conjunto com a universidade no Brasil. E a Incrementha nasceu justamente da necessidade de buscar na academia mão-de-obra qualificada para esses dois tipos de inovação: a que ocorre a partir de drogas já conhecidas e a que envolve a criação de novas moléculas", disse.
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