Extraordinariamente bem preservado, fóssil de hadrossauro de 12 metros e 35 toneladas, morto há 67 milhões de anos e descoberto nos Estados Unidos, tem tecidos, ossos e pele (divulgação)

"Múmia" de dinossauro é descoberta
04 de dezembro de 2007

Extraordinariamente bem preservado, fóssil de hadrossauro de 12 metros e 35 toneladas, morto há 67 milhões de anos e descoberto nos Estados Unidos, tem tecidos, ossos e pele

"Múmia" de dinossauro é descoberta

Extraordinariamente bem preservado, fóssil de hadrossauro de 12 metros e 35 toneladas, morto há 67 milhões de anos e descoberto nos Estados Unidos, tem tecidos, ossos e pele

04 de dezembro de 2007

Extraordinariamente bem preservado, fóssil de hadrossauro de 12 metros e 35 toneladas, morto há 67 milhões de anos e descoberto nos Estados Unidos, tem tecidos, ossos e pele (divulgação)

 

Agência FAPESP – Um dinossauro morto há 67 milhões de anos foi encontrado por um grupo de cientistas em Dakota do Norte, nos Estados Unidos. Até aí, nada de mais. Mas o destaque é a preservação ímpar do exemplar, que apresenta tecidos, ossos e pele.

Como tais partes não costumam ser preservadas pela fossilização, o espécime foi apelidado de "múmia", apesar de estar conservado em pedra.

Diferentemente da maior parte dos dinossauros, nesse caso não será preciso fazer grandes estimativas de como teria sido fisicamente o animal. Por conta disso, segundo os responsáveis pela descoberta, teorias sobre a aparência e constituição física dos gigantes pré-históricos já começam a ser mudadas.

O exemplar descoberto, do grupo dos hadrossauros, foi ainda pouco analisado e artigos serão publicados em revistas científicas sobre os resultados dos estudos. O fóssil, que recebeu o nome de Dakota, tem até mesmo bem preservados tendões e ligamentos.

"Esse espécime supera o jackpot", disse o líder da escavação, Phillip Manning, da Universidade de Manchester, ao comparar o achado com acertar o prêmio máximo em um caça-níqueis.

Segundo o paleontólogo, as chances de tal mumificação são muito pequenas. Primeiro, o corpo tem que escapar de predadores, de comedores de animais mortos e da degradação promovida pelo ambiente. Em segundo lugar, um processo químico específico precisa mineralizar o tecido antes da ação de bactérias que atuarão na decomposição. Em seguida, os restos do animal precisam sobreviver por milhões de anos sem danos até, por fim, serem descobertos e estudados.

A maioria dos dinossauros conhecidos foi estudada a partir de ossos, quase sempre encontrados separadamente. Com o Dakota, segundo os cientistas, o cenário é outro. "Em muitas partes, ele está completo e intacto, como em volta da cauda, dos braços, pernas e em parte do corpo", disse Manning.

A escavação será exibida no documentário Dino Autopsy, que será exibido nos Estados Unidos no dia 9 pelo National Geographic Channel. O Conselho de Expedições da National Geographic financiou o trabalho de pesquisa.

Os hadrossauros eram herbívoros conhecidos como "vacas do Cretáceo". Análises preliminares revelaram que esse animal era 25% maior do que se achava: Dakota tinha cerca de 12 metros de comprimento e 3,5 toneladas.

Ao reconstruir um modelo tridimensional em computador, a partir das características físicas do fóssil, os cientistas puderam estimar como ele se movia. "Esse hadrossauro tinha potencial para correr mais rápido do que o tiranossauro", disse Manning. Uma vantagem considerável de 13 quilômetros por hora, com Dakota atingindo 45 quilômetros por hora.

Imagens e mais informações: www.nationalgeographic.com


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