Comunidade acadêmica se reunirá na próxima semana para discutir o problema da falta de recursos para pesquisas no Estado. Do orçamento previsto de R$ 80 milhões para 2003, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) recebeu, até o final de agosto, apenas R$ 5,5 milhões
Comunidade acadêmica se reunirá na próxima semana para discutir o problema da falta de recursos para pesquisas no Estado. Do orçamento previsto de R$ 80 milhões para 2003, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) recebeu, até o final de agosto, apenas R$ 5,5 milhões
Quase todas as formas de apoio e incentivo à ciência estão sendo prejudicadas. Novos pedidos de bolsa, por exemplo, nem estão sendo mais protocolados pela Fapergs. O pagamento dos 1,2 mil bolsistas de iniciação científica, referente ao mês de julho, ocorreu apenas nesta terça-feira (2/9). A folha de agosto, segundo informou a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado, será paga no dia 12 de setembro.
A gravidade da situação fez com que diretores da Fapergs, reitores das universidade gaúchas e representantes da comunidade científica marcassem uma reunião para o próximo dia 9. Na pauta, eventuais caminhos para que a crise seja superada e a definição de novas formas de reivindicação. Do orçamento estimado de R$ 80 milhões para 2003, a fundação recebeu nos primeiros oito meses do ano R$ 5,5 milhões.
O problema não é exclusivo deste ano. Pelo manifesto redigido pelo Conselho Superior da Fapergs, jamais, na história da instituição, o repasse institucional foi feito de acordo com a lei. Os anos em que a transferência de recursos atingiu o seu máximo foram 1997 e 2001, quando apenas 30% do total foram repassados.
A Secretaria de Ciência e Tecnologia, por intermédio do secretário Kalil Sehbe, divulgou por meio de nota que o próximo repasse para os pagamento dos bolsistas está confirmado. Disse ainda que está fazendo um grande esforço para evitar qualquer prejuízo à pesquisa científica no Estado. Segundo Sehbe, a queda da arrecadação no Rio Grande do Sul, de quase R$ 200 milhões em julho, foi uma das principais causas do problema.
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