Morre aos 84 anos o ex-ministro da Cultura Francisco Weffort

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Agência FAPESP* –Agência FAPESP – O ex-ministro da Cultura Francisco Correa Weffort morreu na noite de domingo (01/08), aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Formado em ciências sociais pela Universidade de São Paulo (USP), era considerado um dos principais intelectuais do país.

Sua trajetória acadêmica teve início em 1961, quando tornou-se professor da USP, e foi marcada por reflexões acerca de temas como democracia e populismo no Brasil. Escreveu livros clássicos como Formação do Pensamento Político Brasileiro (Ática, 2006), Por que Democracia (Ática, 1984) e Qual democracia? (Editora das Letras, 1992). Sua última obra publicada foi Crise da Democracia Representativa e Neopopulismo no Brasil (Fundação Konrad Adenauer, 2021), escrita em parceria com o professor José Álvaro Moisés, também da USP.

Ao longo de sua carreira, teve passagens pelo Instituto Latino-Americano de Planificação Econômica e Social (Ilpes), sediado no Chile, pela Universidade de Essex, na Inglaterra, e pela Universidade de La Plata, na Argentina, onde também atuou como assessor da Organização Internacional do Trabalho.

Na década de 1970, integrou a equipe de pesquisadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e participou da fundação do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec). Tornou-se livre-docente na USP em 1977 e, entre 1990 e 1992, deu aulas no Woodrow Wilson Center e no Helen Kellogg Institute, da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos.

Natural da cidade de Quatá, interior paulista, Weffort participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) no início dos anos 1980. Na década seguinte, afastou-se da legenda e assumiu o comando do Ministério da Cultura durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), entre 1995 e 2002.

Durante sua gestão, consolidou a legislação específica para a cultura implementada a partir de 1992, que passou a ser mais bem assimilada e utilizada pelos agentes culturais, empresas privadas e estatais, além do próprio governo. Ele também implantou a Lei do Audiovisual, que ajudou na retomada da produção cinematográfica do Brasil.

<p><b>Agência FAPESP</b> – O ex-ministro da Cultura Francisco Correa Weffort morreu na noite de domingo (01/08), aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Formado em ciências sociais pela Universidade de São Paulo (USP), era considerado um dos principais intelectuais do país.</p>

<p>Sua trajetória acadêmica teve início em 1961, quando tornou-se professor da USP, e foi marcada por reflexões acerca de temas como democracia e populismo no Brasil. Escreveu livros clássicos como <i>Formação do Pensamento Político Brasileiro</i> (Ática, 2006), <i>Por que Democracia</i> (Ática, 1984) e <i>Qual democracia?</i> (Editora das Letras, 1992). Sua última obra publicada foi <i>Crise da Democracia Representativa e Neopopulismo no Brasil</i> (Fundação Konrad Adenauer, 2021), escrita em parceria com o professor José Álvaro Moisés, também da USP.</p>

<p>Ao longo de sua carreira, teve passagens pelo Instituto Latino-Americano de Planificação Econômica e Social (Ilpes), sediado no Chile, pela Universidade de Essex, na Inglaterra, e pela Universidade de La Plata, na Argentina, onde também atuou como assessor da Organização Internacional do Trabalho.</p>

<p>Na década de 1970, integrou a equipe de pesquisadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e participou da fundação do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec). Tornou-se livre-docente na USP em 1977 e, entre 1990 e 1992, deu aulas no Woodrow Wilson Center e no Helen Kellogg Institute, da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos.</p>

<p>Natural da cidade de Quatá, interior paulista, Weffort participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) no início dos anos 1980. Na década seguinte, afastou-se da legenda e assumiu o comando do Ministério da Cultura durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), entre 1995 e 2002.</p>

<p>Durante sua gestão, consolidou a legislação específica para a cultura implementada a partir de 1992, que passou a ser mais bem assimilada e utilizada pelos agentes culturais, empresas privadas e estatais, além do próprio governo. Ele também implantou a Lei do Audiovisual, que ajudou na retomada da produção cinematográfica do Brasil.<br />
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