Pesquisadores do IPT usam resina para substituir modelos de cera utilizados em fundição (foto: IPT)
Pesquisadores do IPT usam resina para substituir modelos de cera utilizados em fundição
Pesquisadores do IPT usam resina para substituir modelos de cera utilizados em fundição
Pesquisadores do IPT usam resina para substituir modelos de cera utilizados em fundição (foto: IPT)
Por Fábio Reynol
Agência FAPESP – O Laboratório de Metalurgia e Materiais Cerâmicos (LMMC) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está substituindo o material utilizado para fazer modelos de peças que serão fabricadas por meio do método de fundição.
No método convencional é feita uma matriz metálica com o formato em baixo relevo da peça a ser fabricada. Cera é injetada dentro dessa matriz para se obter um modelo que será revestido por lama cerâmica.
A lama endurece e a cera é retirada após ser liquefeita por meio de injeção de vapor. É essa casca de cerâmica que receberá o metal em forma líquida em seu interior – e que, após solidificado, será retirado, quebrando-se a cerâmica.
“É um método que apresenta a vantagem de reproduzir geometrias complexas. Por outro lado, ele só valerá a pena em uma produção em maior escala”, disse Marcelo Ferreira Moreira, pesquisador do LMMC, à Agência FAPESP.
Com o novo método, a equipe do LMMC está tentando responder a uma demanda de outra unidade do IPT, o Centro de Engenharia Naval (CNaval), que necessita de peças em escala reduzida para simulações de componentes de embarcações.
A ideia é substituir a cera por peças de resina confeccionadas em uma máquina de prototipagem rápida, uma espécie de impressora em três dimensões.
Dessa forma, segundo Moreira, seria dispensada a matriz metálica do início do processo e poderia se tornar um método viável de fundição para se fabricar poucas peças.
Para isso ocorrer, o grupo de pesquisa ainda terá que contornar o maior obstáculo do projeto, que é retirar o modelo de resina no meio do processo. Diferentemente da cera, que tem um ponto de fusão baixo, a resina teria que ser fundida a mais de 1.000 ºC.
Outro problema seria a dilatação da resina quando submetida ao calor, o que poderia quebrar os moldes. Esses pontos estão no foco dos testes do LMMC.
“Esse trabalho será muito útil para o CNaval, que poderá fazer poucos protótipos de novas hélices de embarcações, por exemplo, e testá-las na água”, disse Moreira.
Mais informações: www.ipt.br
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