Criosfera 1, preparada no Inpe, funcionará 24 horas por dia sem a necessidade de técnicos para acompanhar as operações, e não emitirá poluentes (Inpe)

Módulo para pesquisas no interior antártico
23 de setembro de 2011

Criosfera 1, preparada no Inpe, funcionará 24 horas por dia sem a necessidade de técnicos para acompanhar as operações, e não emitirá poluentes

Módulo para pesquisas no interior antártico

Criosfera 1, preparada no Inpe, funcionará 24 horas por dia sem a necessidade de técnicos para acompanhar as operações, e não emitirá poluentes

23 de setembro de 2011

Criosfera 1, preparada no Inpe, funcionará 24 horas por dia sem a necessidade de técnicos para acompanhar as operações, e não emitirá poluentes (Inpe)

 

Agência FAPESP – O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) prepara um módulo de pesquisa que será instalado pelo Brasil no interior da Antártica.

Batizado de Criosfera 1, o módulo chegou a São José dos Campos (SP) para a instalação de sistemas de energia e equipamentos, que será concluída até o fim de setembro. Após esse trabalho, o Criosfera 1 seguirá para Porto Alegre, de onde iniciará a viagem para a latitude 85°S, a cerca de 500 quilômetros do polo Sul geográfico.

“Os equipamentos do módulo estão sendo desenvolvidos, integrados e testados no Inpe. Nós também faremos a adaptação dos sistemas para facilitar a logística na instalação do Criosfera 1 no continente antártico e outros serviços para favorecer o trabalho e a convivência dos pesquisadores no período que irão permanecer no local”, disse Marcelo Sampaio, pesquisador do Inpe, que acompanhará a instalação do módulo no continente gelado, prevista para dezembro.

Financiado pelo Programa Antártico Brasileiro (Proantar), o módulo será o primeiro do tipo instalado no interior antártico a funcionar 24 horas por dia, sem a necessidade de técnicos acompanhando as operações (os dados serão enviados por satélites), e não emitirá poluentes.

Dotada de painéis solares e geradores eólicos, a instalação é tida como sustentável por não utilizar combustível fóssil para o seu funcionamento. Serão coletados dados meteorológicos, como velocidade dos ventos e temperatura, e realizadas medidas da composição química da atmosfera da região.

O projeto de pesquisa é coordenado por Heitor Evangelista, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Durante o primeiro ano de funcionamento do módulo, cientistas da Uerj, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e do Inpe investigarão as consequências climáticas da redução da camada de ozônio sobre o polo Sul e o transporte atmosférico de poluentes para o ar da região.

Os resultados obtidos pelo módulo irão se somar às pesquisas realizadas na estação antártica brasileira de Comandante Ferraz, localizada a 62° de latitude sul, na borda do continente.

Ao lado de outras instituições brasileiras, o Inpe realiza pesquisas na região há mais de 25 anos. Seus estudos na Antártica enfocam a dinâmica da atmosfera, a camada de ozônio, meteorologia, aquecimento global, gases do efeito estufa, a radiação ultravioleta, a relação sol-atmosfera, o transporte de poluição, oceanografia e interação oceano-atmosfera.

Mais informações: www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=2659.
 

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