As organizações sociais, para Luís Madi, presidente da Abipti, são uma boa forma de gestão
Debate no Congresso Abipti 2006 identifica pontos de estrangulamento do sistema de inovação tecnológica brasileiro e aponta caminhos para que obstáculos possam ser superados nos próximos anos
Debate no Congresso Abipti 2006 identifica pontos de estrangulamento do sistema de inovação tecnológica brasileiro e aponta caminhos para que obstáculos possam ser superados nos próximos anos
As organizações sociais, para Luís Madi, presidente da Abipti, são uma boa forma de gestão
Agência FAPESP - Pergunte ao presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti), Luís Madi, qual é o modelo ideal, em termos jurídicos, para que um instituto de pesquisa possa enfrentar a complexidade atual que a resposta virá imediatamente.
"Há duas formas de enfrentar a grande demanda por inovação que temos hoje: a criação de organizações sociais e a criação das chamadas autarquias especiais. Os modelos de fundação, de empresas públicas ou ainda de administração direta centralizada estão ultrapassados", disse à Agência FAPESP durante o Congresso Abipti 2006, que está sendo realizado em Campinas (SP).
Segundo Madi, também coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), a melhoria na gestão das instituições de pesquisa que fazem parte dos modelos considerados superados também é uma forma de aumentar a produtividade. "Mas o ideal seria a transformação dessas instituições em organizações sociais, como ocorreu recentemente com o Instituto de Tecnologia de Pernambuco", afirmou.
Para outro participante da mesa-redonda sobre inovação tecnológica, Wolney Betiol, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, outros gargalos sistêmicos precisam ser eliminados. "Há nós no setor empresarial, governamental e nacional", disse.
De acordo com Betiol, faltam uma política econômica eficiente que promova o desenvolvimento sustentável, políticas públicas permanentes de estímulo à ciência e tecnologia e a criação de uma cultura voltada para a inovação dentro do setor privado. "Apesar de tudo isso, devemos lembrar que o setor acadêmico vai bastante bem, o que já é algo positivo", disse.
Guilherme Ary Plonski, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, preferiu uma visão otimista. "Estamos no limiar da revolução da inovação tecnológica e acredito que estamos preparados para enfrentar os obstáculos do setor. Vamos superá-los e daqui a dez anos voltamos a falar sobre isso", disse.
O Congresso Abipti 2006, que termina nesta sexta-feira (5/5), está sendo transmitido ao vivo pelo endereço www.abipti.org.br.
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