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Agência FAPESP* –Por Maria da Graça Mascarenhas, do Recife

Agência FAPESP - Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Carlos Vogt, um dos assuntos mais comentados recentemente e que certamente estará bastante presente nas discussões e ações da instituição nos próximos anos diz respeito, do ponto de vista macro, à governança do sistema de Ciência e Tecnologia brasileiro.

"Isto apareceu nesta reunião da SBPC com a notícia da dispersão da gestão dos Fundos Setoriais por diversos ministérios, saindo da gestão do Ministério da Ciência e Tecnologia. Foram tomadas medidas imediatas, mas acredito que outras questões dessa natureza relacionadas à política de Ciência e Tecnologia vão surgir e caracterizar os próximos anos", disse Vogt, que também é presidente da FAPESP. 

Segundo ele, a SBPC não vai perder o papel de fórum político que sempre teve, mais acentuadamente durante os governos militares, quando outras instituições civis foram impedidas de funcionar. Com a redemocratização, outras formas de organização da sociedade civil surgiram ou foram retomadas, saudavelmente, e a Sociedade perdeu esse papel, sem deixar, contudo, de funcionar como um grande fórum de debate público das políticas de ciência e tecnologia. "Isto deve se acentuar", prevê Vogt.

Na sua opinião, a tendência será, nas próximas reuniões, avançar-se para temas sobre sistemas de Ciência e Tecnologia e modelos de gerenciamento desses sistemas, promovendo reuniões e atividades que debatam essas questões no Brasil e com instituições internacionais, como a Interciência e a Euroscience.

"Vemos, hoje, o interesse de empresas e instituições estaduais e municipais por questões de ciência e tecnologia. O que falta é um sistema de gerenciamento do sistema, em que todos os atores, nos diversos níveis, produzam e se enxerguem como atividades que se complementam, otimizando o sistema. Este será um desafio para a SBPC nos próximos anos".

<br><b>Por Maria da Graça Mascarenhas, do Recife</b>
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<b>Agência FAPESP</b> - Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Carlos Vogt, um dos assuntos mais comentados recentemente e que certamente estará bastante presente nas discussões e ações da instituição nos próximos anos diz respeito, do ponto de vista macro, à governança do sistema de Ciência e Tecnologia brasileiro.
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"Isto apareceu nesta reunião da SBPC com a notícia da dispersão da gestão dos Fundos Setoriais por diversos ministérios, saindo da gestão do Ministério da Ciência e Tecnologia. Foram tomadas medidas imediatas, mas acredito que outras questões dessa natureza relacionadas à política de Ciência e Tecnologia vão surgir e caracterizar os próximos anos", disse Vogt, que também é presidente da FAPESP. 
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Segundo ele, a SBPC não vai perder o papel de fórum político que sempre teve, mais acentuadamente durante os governos militares, quando outras instituições civis foram impedidas de funcionar. Com a redemocratização, outras formas de organização da sociedade civil surgiram ou foram retomadas, saudavelmente, e a Sociedade perdeu esse papel, sem deixar, contudo, de funcionar como um grande fórum de debate público das políticas de ciência e tecnologia. "Isto deve se acentuar", prevê Vogt.
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Na sua opinião, a tendência será, nas próximas reuniões, avançar-se para temas sobre sistemas de Ciência e Tecnologia e modelos de gerenciamento desses sistemas, promovendo reuniões e atividades que debatam essas questões no Brasil e com instituições internacionais, como a Interciência e a Euroscience.
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"Vemos, hoje, o interesse de empresas e instituições estaduais e municipais por questões de ciência e tecnologia. O que falta é um sistema de gerenciamento do sistema, em que todos os atores, nos diversos níveis, produzam e se enxerguem como atividades que se complementam, otimizando o sistema. Este será um desafio para a SBPC nos próximos anos".    
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