Moção pela preservação Amazônia
21 de julho de 2003

Participantes do 54º Congresso Nacional de Botânica, realizado em Belém, apóiam o documento elaborado pelo museu Emilio Goeldi e pela Conservation International do Brasil, que defende a proibição por quatro anos de novas licenças para desmatamento

Moção pela preservação Amazônia

Participantes do 54º Congresso Nacional de Botânica, realizado em Belém, apóiam o documento elaborado pelo museu Emilio Goeldi e pela Conservation International do Brasil, que defende a proibição por quatro anos de novas licenças para desmatamento

21 de julho de 2003

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - A taxa de desmatamento da Amazônia Legal entre 2001 e 2002 foi 40% maior do que a registrada durante o período de 2000/2001. Com base nesses dados, que assustaram a opinião pública quando divulgados no final do mês passado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ambientalistas e pesquisadores elaboraram um documento com medidas para diminuir o desflorestamento da Amazônia.

Entregue à ministra do Meio Ambiente Marina Silva, o documento Transformando o Arco do Desmatamento no Arco do Desenvolvimento Sustentável: uma Proposta de Ações Emergenciais, produzido pelo Museu Paraense Emilio Goeldi e pela organização não-governamental Conservation International do Brasil, defende a proibição por quatro anos de novas licenças para desmatamento na região, até que se crie um sistema eficiente de controle e fiscalização.

Na semana passada, em Belém (PA), os mais de 1,6 mil participantes do 54o Congresso Nacional de Botânica aprovaram de forma unânime moções de apoio ao documento. O evento é realizado anualmente com a preocupação de discutir propostas para conservação da diversidade vegetal das florestas brasileiras.

"O governo está travando uma discussão participativa com instituições envolvidas na produção do documento para ver as propostas viáveis à curto, médio e a longo prazo", disse Ima Vieira, coordenadora de pesquisa e pós-graduação do Museu Paraense Emilio Goeldi, à Agência FAPESP. "O ideal seria que, durante os quatro anos de proibição, fossem utilizadas regiões já desflorestadas e que ainda são produtivas", disse.


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