Módulo da sonda Stardust retorna com sucesso e traz amostras do cometa Wild 2, que astrônomos esperam poder oferecer pistas da origem do Sistema Solar (foto: Nasa)

Missão perfeita
17 de janeiro de 2006

Após percorrer 5 bilhões de quilômetros, módulo da sonda Stardust retorna com sucesso e traz amostras do cometa Wild 2, que astrônomos esperam poder oferecer pistas da origem do Sistema Solar

Missão perfeita

Após percorrer 5 bilhões de quilômetros, módulo da sonda Stardust retorna com sucesso e traz amostras do cometa Wild 2, que astrônomos esperam poder oferecer pistas da origem do Sistema Solar

17 de janeiro de 2006

Módulo da sonda Stardust retorna com sucesso e traz amostras do cometa Wild 2, que astrônomos esperam poder oferecer pistas da origem do Sistema Solar (foto: Nasa)

 

Agência FAPESP - Um final feliz para a mais longa de todas as jornadas humanas. Depois de ter percorrido quase 5 bilhões de quilômetros, a missão Stardust voltou à Terra. O módulo de retorno, que pousou às 8h10 do domingo (15/1), no deserto de Utah, nos Estados Unidos, trouxe consigo a valiosa carga esperada pelos astrônomos desde o lançamento, em 7 de fevereiro de 1999.

Dentro, a amostra do cometa Wild 2, do qual a sonda da Nasa, a agência espacial norte-americana, aproximou-se em janeiro de 2004, na forma de milhares de partículas. Traz também pó estelar, colhido durante a viagem. As coletas são as primeiras desde a década de 1970, quando terminaram os programas lunares dos Estados Unidos e da então União Soviética.

"Anos de planejamento e de operações de vôo culminaram esta manhã (domingo), quando conseguimos recuperar com sucesso a cápsula. Com isso, a missão Stardust poderá oferecer à comunidade científica mundial materiais inalterados desde a formação do nosso Sistema Solar", disse Tom Duxbury, gerente do projeto pelo Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em comunicado da agência.

"Tenho esperado por este momento desde o início da década de 1980, quando projetamos a primeira missão para coletar poeira cometária", afirmou Donald Brownlee, professor da Universidade de Washington e principal investigador do projeto. "Ver a cápsula a salvo de volta a seu planeta natal é uma conquista absolutamente emocionante."

As partículas, com cerca de um terço de milímetro cada uma, serão divididas em partes ainda menores, catalogadas e enviadas a diversos laboratórios espalhados pelo mundo. Apesar do tamanho reduzido, os responsáveis pela missão apontam que as amostras serão estudadas por várias décadas.

Os astrônomos acreditam que essas amostras preciosas possam fornecer respostas a questões fundamentais sobre os cometas e a origem do Sistema Solar.

Mais informações: http://stardust.jpl.nasa.gov


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