Milésimo elemento nuclear
04 de maio de 2004

Combustível montado nas Indústrias Nucleares do Brasil, que utiliza urânio enriquecido, deverá alimentar o reator de Angra II durante três anos e meio

Milésimo elemento nuclear

Combustível montado nas Indústrias Nucleares do Brasil, que utiliza urânio enriquecido, deverá alimentar o reator de Angra II durante três anos e meio

04 de maio de 2004

 

Agência FAPESP - O milésimo elemento combustível destinado às centrais nucleares de Angra dos Reis foi montado na segunda-feira (3/5), nas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

De acordo com o MCT, a montagem ocorreu em evento comemorativo na fábrica em Resende (RJ). Durante a cerimônia, o ministro Eduardo Campos acionou o mecanismo de testes para verificar a qualidade do número mil, combustível que alimentará, durante 42 meses, o reator de Angra II.

O combustível nuclear é uma estrutura feita em aço com quase cinco metros de altura e 780 quilos, formada por 236 varetas. No interior de cada vareta são colocadas 354 pastilhas de urânio enriquecido. O milésimo elemento combustível faz parte da terceira recarga dos reatores de Angra II, que recebem, por ano, 52 dessas estruturas. Diversos elementos combustíveis, inseridos no núcleo do reator, produzem calor que será transformado em energia, e cada um desses elementos tem capacidade para suprir de energia elétrica 42 mil residências durante um mês.

As Indústrias Nucleares do Brasil começaram a fornecer combustível às usinas nucleares em 1986. Naquela época, todos os componentes eram importados e aqui só se fazia a montagem do produto final. Em 1999, a fábrica começou a produzir as pastilhas e, atualmente, quase tudo é fabricado no Brasil – exceto os tubos de zircaloy, que revestem o interior das varetas, e as tiras das grades espaçadoras. Segundo o MCT, o combustível produzido pela INB é responsável pela geração de mais de 40% da energia elétrica do Rio de Janeiro e 12% de todo o país.


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